Um chá inglês morno


Ah, o palco da política e suas atuações dignas de Oscar!
Pontualmente às 17h, enquanto saboreava meu chá da tarde, fui surpreendida por uma ligação prometendo uma fofoca escaldante diretamente dos bastidores do Poder. Pronta para me queimar com tamanha fervura, recebi, no máximo, um chá inglês morno. Porém, mesmo morno, o dissabor para o prefeito Maia vale ser compartilhado.
Ontem à noite, durante um evento festivo, os comentários corriam soltos sobre um certo ex-cargo comissionado que não saiu pela porta da frente da administração e resolveu aparecer por lá entorpecido. Entre goles de bebida ou remédios, ninguém cravou a origem do estado, mas a conclusão foi unânime: o cidadão não estava pleno.
Se Ulisses Maia percebeu? É provável, mas o prefeito, como estrategista, disfarça incômodos com seu proverbial tato. A situação, no entanto, não passou despercebida e deixou muitos olhos arregalados. Agora, pasmem: comenta-se nos corredores que o dito cujo poderá ser peça na próxima administração de Ricardo/Silvio Barros II.
Ah, o palco da política e suas atuações dignas de Oscar! Acontece que um agente público deve ser exemplo, não motivo de cochicho em rodinhas de festa. Que esse episódio seja apenas um deslize ou, quem sabe, uma confusão de percepções. Afinal, o trabalho político precisa ser construído com firmeza, não sustentado em tropeços.
O ditado popular é claro: “quem sai de cena cambaleando dificilmente retorna como protagonista”.
Daquela que te entorpece com as informações mais quentes dos bastidores, Madame Savage.