Memória

“Olha o bijúúúúúú”!

Lembram? O vendedor de biju crocante percorria as ruas com uma matraca feita de um pedaço de madeira com uma argola de ferro que, com um movimento rápido da mão, fazia um barulhento téc-téc-téc-téc. Era um grito e uma matracada. E nós corríamos atrás para comprar o delicioso biscoito crocante.

Ivana Veraldo

Remédios e perfumarias do fundo do baú

Lembram? Meus amigos com mais de 50 anos ajudaram a fazer a lista. Cibalena, Emulsão Scott, Biotônico Fontoura, Pomada Minancora, Melhoral infantil, Violeta Genciana, Gumex, Nenê-Dent, aparelho de Gilette com lâminas substituíveis, Óleo Glostora, Creme Rugol, Regulador Xavier, Hamamelis Virginica, Leite de magnésia, Vick Vaporub, Elixir Paregórico, Emplastro Sabiá, Urodunol, Veranon, Elixir de Inhame Goulart, Pílulas de Ervas de Bicho Compostas Imescard, Xarope Bromil, Capivarol. E a cera Doutor Lustosa com a qual se enchia o buraco do dente, lembram?

Ivana Veraldo

Há 30 anos

O Atlético Paranaense aparece neste pôster de uma das edições da revista Placar de 1981. O time: Lotti, Roberto Costa, Bianchi, Pedro Paulo, Jair Gonçalves e Augusto Arlindo, Lino, Gilson, Nivaldo Carneiro e Almir. Nivaldo, que atuou no Grêmio Maringá até ser vendido para o CAP, hoje é secretário de Viação e Obras Públicas de São José dos Pinhais. O garoto que aparece à sua frente, no detalhe da foto, é Whitney Sfair, hoje empresário em Maringá (Metrobrasil), filho de Wanderley Pacheco de Carvalho, que foi diretor de Futebol do clube curitibano de 1968 a 1982.

Foto antiga

Na coluna do Jornal do Povo de hoje, Verdelírio Barbosa publica foto do ex-prefeito João Paulino Vieira Filho e Miguel Kfouri Neto com o primeiro caminhão comprado para o Corpo de Bombeiros com recursos do Funrebom. Naquela época, Kfouri era comandante do Corpo de Bombeiros de Maringá, formou-se em Direito pela UEM, onde foi professor, e em seguida foi aprovado no concurso para juiz; agora, é o desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Paraná.

Foto antiga

A foto antiga da coluna de Verdelírio Barbosa no Jornal do Povo desta quinta-feira mostra o jornalista Wilson Silva, que mantinha a famosa coluna “Atrás do Toco” em O Jornal, antes de se tornar assessor de Osmar Dias, em Curitiba. Ele trabalhou nas revistas Cruzeiro e Manchete, fez trabalhos também em televisão (inclusive em programas de humor) e sempre nutriu uma paixão por aviões. Wilson Silva, hoje com 81 anos, ainda está internado na UTI do Hospital Nossa Senhora do Pilar, em Curitiba, desde o final do ano passado.

Fotografias recuperadas

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Muitas fotos do blog antigo andaram sumindo, porque o site gratuito onde elas estavam hospedadas fechou. Para recuperar as mais importantes, o trabalho vai ser feito aos poucos. Felizmente, consegui recuperar as fotos da página do Instituto Cultural Memória Paraná, onde estavam fotografias que fizeram parte de uma exposição feita no Museu da Bacia do Paraná. São fotos antigas de Maringá (como esta, que mostra a avenida Riachuelo, na Vila Operária), mas que receberam tratamento digital; outras serão postadas brevemente. Por sinal, a ONG busca patrocínio para expor com mais constância o que ainda resta de história da cidade em termos de fotografias.

Leon Peres e Ardinal Ribas

Mais dois deputados federais: Haroldo Leon Peres (esq.), de 67 a 71, e Ardinal Ribas, de 71 a 75. Haroldo Leon Peres (Arena), orador de primeira, havia sido deputado estadual por dois mandatos, foi vice-líder do governo e foi o primeiro governador biônico no período militar, mas que não se sustentou diante de denúncias de corrupção. Ele faleceu em Maringá em 16 de setembro de 1992, aos 70 anos. Ardinal Ribas (Arena), que fundou a Sociedade Telefônica do Paraná S/A, era industrial, advogado, contador e técnico em Comunicações, e faleceu em pleno exercício do mandato.

Adriano Valente

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Outra foto rara mostra o então deputado federal Adriano José Valente em trabalho de comissão em Brasília. Depois de ser prefeito em Maringá (antes, de 52 a 55, foi secretário-geral de Londrina, na primeira gestão de Milton Ribeiro de Menezes), na famosa campanha do tostão contra o milhão, ele foi parlamentar nas legislaturas de 1975-79 e 1979-83, pela Arena. Ele faleceu em fevereiro do ano passado, aos 88 anos.

Aqui, em resolução melhor.

Aqui, somos diferentes

A Prefeitura de Curitiba está pintando a Igreja da Ordem, que fica no setor histórico da cidade. A obra vai durar 30 dias e recuperar a fachada da igreja, que tem 278 anos. Esta é a segunda igreja da cidade que a Prefeitura está recuperando. Neste mês, o prefeito Luciano Ducci anunciou o início das obras da Catedral Basílica Menor de Curitiba, durante missa celebrada pelo arcebispo da cidade, dom Moacyr Vitti. “A Prefeitura se preocupa em manter o nosso patrimônio, para preservar a história da cidade”, diz Luciano Ducci. A pintura da Igreja da Ordem é feita em parceria da Prefeitura de Curitiba com as Tintas Coral, que cedeu a tinta. Por este convênio já foram beneficiadas outras regiões históricas da cidade, como as casas ao redor do Paço Municipal e da rua Riachuelo. Leia mais.

Aqui, somos diferentes

A Prefeitura de Rolândia trabalha para transformar o espaço da antiga Estação Ferroviária da cidade no Centro Histórico do Município. O projeto prevê a busca de recursos estaduais ou federais para restauração e a ampliação do local para abrigar o Museu Municipal e o Instituto Cultural Elifas Andreato. A prefeita em exercício de Rolândia esteve na semana passada em Curitiba. Entre outros assuntos tratados, ela visitou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional para reforçar o pedido da cessão do local para a prefeitura. Ela foi recebida pelo diretor superintendente José La Pastina Filho. Segundo ele, o pedido já foi encaminhado à Brasília e o imóvel pode ser liberado em breve, contando também com o aval da América Latina Logística. Leia mais.

PS – Título de série sugerida por Marco Antonio Deprá.

Ary de Lima

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Rara foto do professor Ary de Lima numa sala de comissão permanente da Câmara dos Deputados, em Brasília. Ele foi deputado de 1971 a 1975, pela Arena; antes, havia sido vereador por dois mandatos, pela UDN e Arena. Considerado um dos homens mais cultos da cidade, elegeu-se destacando sua forte oratória. Nascido em São Sebastião do Paraíso (MG), recebeu título de cidadania de Maringá e de Loanda, sendo o autor dos versos dos hinos das duas cidades. Ary de Lima faleceu em 22 de abril de 1988, aos 74 anos.

Aqui, a foto em melhor resolução.

Há quase 27 anos…

Fragmento de foto de Ivan Bueno, em 15 de março de 1983, no Palácio Iguaçu, distribuída ontem por Flávio Costa, mostra o maringaense Horácio Raccanello (de perfil) ao lado do governador que tomava posse, José Richa. Raccanello foi secretário de estado da Justiça, cargo que agora, no governo de Beto Richa, será exercido pela londrinense Maria Tereza Uille Gomes.

Em Apucarana, a UEA

A exemplo de Maringá, o prédio da União dos Estudantes de Apucarana também foi desativado pela prefeitura daquele município. No local, está sendo construída uma Unidade de Pronto Atendimento. Uma pena ver o movimento estudantil esfacelado. Nem grêmios existem mais nos colégios. E a maioria dos estudantes sequer sabe que existiam entidades que os representavam e pode voltar representá-los.

Bons tempos aqueles…


Uma colagem de fotos antigas de Maringá – se bem que tem duas, ao final, que não devem ser daqui, além de um ou dois errinhos do intérprete na letra original de Joubert de Carvalho. Mesmo assim, vale a pena ver.

O depoimento do pioneiro


O empresário Samuel Silveira, que será cremado hoje à tarde em São Paulo, deu um depoimento ao projeto Vozes da História, da CBN, que o Bulgarelli postou em seu blog, ontem. O depoimento é de março de 2005.

A revista do norte do Paraná

JC Cecílio garimpou esta raridade em Curitiba: um exemplar da revista Hinterlândia – A Revista do Norte do Paraná, de julho/setembro de 1961 (trimestral). A revista foi fundada em abril de 1958, por Alfredo Dobrucki, tendo Oliveira Júnior como diretor responsável. A publicação tinha redação e administração em Londrina e era impressa em Cambé.

Na capa do número 14 aparece  Idalvina Guissoni, eleita “Rainha do Algodão” de Paranavaí.

Panorama desolador

De JC Cecílio:

Testemunhei neste último sábado a remoção dos últimos escombros da velha rodô. Os caras deram ordem para não deixar pedra sobre pedra, raspou-se tudo, inclusive a manta asfáltica, calçadas, guias etc. A demolição em tempo recorde mostra o grande ranço, a obsessão  pela exterminação da história o do bem público.
Desde o início, observei como era grande a ira em acabar com tudo, nem separando os bens dos condôminos, nem separando os materiais nobres, como metais e outros artigos recicláveis.
Fico pensando nas placas de bronze comemorativas, nos arcos e colunas ícones (trademarks da cidade), agora apenas entulho espalhado no solo de algum aterro por aí. Acho que apenas algumas centenas de cidadãos realmente têm a noção do crime cometido por estes invasores bárbaros, atropeladores da memória.
Agora sobrou apenas a inútil paisagem, que deve ser explorada por flanelinhas oficiais, e no seu entorno o crack e marginalidade continuará correr livre leve e solto como tem sido há tempos, pelo desgoverno local. Um panorama desolador!

[Em melhor resolução]

Atentados

Foto de Marco Antonio Deprá mostra os escombros do que já foi uma porta de entrada para pioneiros que construíram a Maringá que alguns teimam em destruir. Ele aponta para os detalhes dos números: dia 11 do 9 de 2001, o atentado em Nova Iorque também deixou escombros (foto de Mate EriMc J. Tilford/AP Photo); neste dia 9 do 11 de 2010, o que se pode chamar de atentado em Maringá.

Os Campello em Maringá

Mais uma foto com Tony Campello (dir.), desta vez quando passou por Maringá, nos anos 60, publicada no blog de Frank Silva, que aparecem ao lado de Doraci Pagani, Tutae Notoya, Carlos Alberto Borges (falecido recentemente) e Cely Campelo.

JC Cecílio e o “Pavão”

Voltando a comentar sobre a história do norte do Paraná, JC Cecílio apresenta em seu blog  o “Pavão” N° 53 da “Empreza Rodoviária Garcia & Garcia Ltda.” , hoje Viação Garcia. Fabricado pela GMC, em 1942, o colorido ônibus fazia os percursos Londrina-Maringá e Londrina-Paranavaí, com a distância de 207 quilômetros, levando 16 horas, nos idos dos anos 1940. O ônibus era movido a gasogênio – eram os tempos da Segunda Guerra, quando a gasolina estava racionada. Leia mais.

“É não saber respeitar a si mesmo”

Sou maringaense e fico triste ao acompanhar no seu blog o descaso que é tratada nossa históra. Primeiro foi a polêmica do Cine Horizonte, que reunia todas as condições, se reformado, de se tornar um grande centro cultural administrado pela sociedade maringaense. Agora, é nossa velha rodoviária, que também poderia ter um destino melhor do que o da demolição. Conheço muitas cidades por força de ofício, e sinto que, nessas cidades, as pessoas procuram manter o patrimônio histórico por razões simples, porque o patrimônio preservado conta a história dessas pessoas e cria uma identidade delas com o local em que vivem.
Caso meus irmãos maringaenses não se lembrem, foi nesta rodoviária que começou a história de boa parte das famílias que hoje usufruem de tudo o que Maringá se tornou e é. Demolir este patrimônio é um desrespeito aos nossos antepassados, pais e avós, pioneiros enfim, que aí chegaram para construir uma das mais belas cidades do Brasil.
Não há progresso sem história. Demolir a rodoviária, ou qualquer outro patrimônio, em nome de pretenso progresso é insensato; é não saber respeitar a si mesmo.

José Fernando, jornalista em Curitiba e maringaense que ama a cidade em que nasceu.

Dona de quê mesmo?

De Messias Mendes, a propósito de uma postagem de Lauro Barbosa:

Dona da rodoviária velha é a sociedade maringaense, é a memória da cidade. Aquilo faz parte do patrimônio histórico de Maringá, que vem sendo destruído sistematicamente nos últimos anos. Ricardo demoliu a ferroviária, que deveria ter sido tombada a exemplo do que ocorreu em Londrina. O irmão Silvio quer demolir a rodoviária, que estava para cair há dois anos segundo alegação do prefeito, mas resiste, apesar das investidas das máquinas da prefeitura. São mesmos uns exterminadores do passado. E quem extermina o passado, acaba com o presente, destrói o futuro. Maringá não merece isso!

(Foto: Guilherme Miranda)

Dia dos Pais

De Cezar Lima:

O campo santo de Maringá esteve lindo neste domingo. Muita gente indo presentear com flores os túmulos de seus queridos pais. Eu lá estive também, levando flores para meu pai Ary de Lima e idem para minha mãe Helena, para o mano João Gualberto e o sempre cunhado pastor Ayrton Justus. Lá encontrei amigos e conhecidos e o Verdelírio Barbosa lá estava, com pacotes de velas em mãos, para prantear os seus e ainda o amigo “Toninho Fermenton” e outros amigos seus, todos pais e que deixaram filhos e amigos orfãos. Infelizmente a “morte,faz parte da vida” e um dia seremos nós a ocupar a lousa fria e quem sabe, seremos pranteados e receberemos flores também.

Amélio em Alfenas

Roberto Luiz Silva Gomes, de Alfenas (MG), ficou sabendo da morte do maringaense Amélio da Silva Gomes Filho, conhecido por ele como “Amelinho”, ocorrida em março último, e esta semana enviou esta foto, tirada na década de 90, onde ele aparece com Amelinho e seu irmão Newman da Silva Gomes. Ele explica que Amelinho é primo de seu falecido pai, José Carlos da Silva Gomes, que é filho do também falecido José Eugênio da Silva Gomes, irmão do professor Amélio da Silva Gomes, pai de Amelinho. “Nossas raízes genealógicas se encontram neste munícipio de Alfenas, sul de Minas Gerais, desde os idos tempos de 1847”, conta. Pai do “Amelinho”, professor Amélio foi uma pessoa muito expressiva na comunidade alfenense, como se pode constatar neste artigo de Paulo Roberto do Prado, no Jornal dos Lagos, em dezembro de 1995.

Homenagem a Said Ferreira

A prefeitura de Maringá e familiares do ex-prefeito Said Felício Ferreira realizam amanhã partir das 16h, no Cemitério Municipal, uma homenagem póstuma pelo 30º dia de falecimento do ex-prefeito, ocorrido no último dia 4 em São Paulo. Será celebrada uma missa na capela do cemitério, haverá uma cerimônia realizada pela primeira vez pela Igreja Católica em Maringá com a deposição das cinzas do ex-prefeito em uma urna, depoimentos de autoridades e familiares e sepultamento das cinzas na ala de túmulos destinados para ex-prefeitos. A informação é da prefeitura.