Memória

Na Maringá Ilustrada


O pioneiro maringaense Marcílio Dias, falecido no último domingo, foi destacado numa edição da revista Maringá Ilustrada, de Ludovico del Guércio, de setembro de 1978. Conta que ele foi um dos primeiros funcionários do Frigorífico Luso-Brasileiro Central e depois se transformou em empresário do ramo de compra, venda e transporte de bovinos e suínos, frisando seu espírito humanitário, tendo promovido almoços festivos para presidiários, com a presença de  representantes do Judiciário e da Igreja em alguns deles.

Devotos do Guaiapó

Devotos do Guaiapó
“Devotos do Guaiapó” é um documentário com depoimentos de pioneiros que ajudaram a construir a Capela Nossa Senhora Aparecida, a terceiro de Maringá. Personagens de uma história bonita foram ouvidos e falaram sobre as dificuldades, a importância da religião, educação e a união. O documento, em DVD (sugiro que coloquem no YouTube), foi produzido pelos acadêmicos de Jornalismo André Luís Scarate, Luís Cláudio da Silva e Sueli Nascimento Silva, em agosto do ano passado, com apoio do professor Luiz Humberto C. dos Santos (Faculdade Maringá), Márcio Augusto I. de Oliveira Tasca e de Luiz Carlos Altoé. Várias pessoas foram entrevistadas, entre elas dom Jaime Luiz Coelho, Paula Crippa Filgueiras, José Grava, Matheus e Alice Nunhez e João Carneiro Filgueiras, falecido há dois meses.

Reportagem de capa

Tinoco foi reportagem de capa da revista M9 em dezembro de 1998. Fiz fotos, a matéria, a diagramação e salvei no zip drive. A dedicatória neste exemplar foi feita ao meu pai, através de quem aprendi a gostar da tal música sertaneja raiz e, em especial, de Tonico e Tinoco.

O dia em que a cidade virou sertão

Donizete e Tinoco
Entrevista feita pelo jornalista Donizete Oliveira com Tinoco, mito da música caipira falecido nesta madrugada, quando foi homenageado em Maringá:
O telefone toca. Era o Aníbal, compadre do Tinoco, convidando o Fregadolli (da Revista Tradição) para almoçar na Cerealista Pantaneira. No cardápio, frango caipira e polenta. Mas a atração principal era o próprio Tinoco que se preparava para o show em sua homenagem no Clube Olímpico. A renda do evento foi revertida para custear tratamento de saúde de sua mulher, Nadir, que está com câncer.Continue lendo ›

Memória da indústria maringaense

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Quem se lembra do cheirinho de amendoim na saída para Campo Mourão? Vinha da Indústria de Óleos Nata S.A. O anúncio, no Guia “Ouro Verde” (1973-1974), Guia Informativo Profissional Nipo-Brasileiro, faz parte do acervo de JC Cecílio e está no seu blog. Aqui, em melhor resolução.

Lembrança de uma época

Cobrança de água em 1972
Raridades obtidas pelo Roberto e o Tom do Bar União, via Kaltoé: uma nota promissória da Prefeitura de Maringá, emitida em maio de 1971 com vencimento em abril de 72, para pagar o serviço de água potável, e o recibo de contribuição de melhoria de um imóvel da rua Campos Sales, também em 71. Aqui, em melhor resolução.

A volta de Edgar

Edgar Belizário
No MPB, mais uma do acervo de JC Cecílio: um texto de Osvaldo Lima no quinto número da Revista Jogada Maior do Esporte, editada pela Gazeta de Notícias (RJ), de 1970, sobre a volta de Edgar Belisário ao Grêmio Maringá. Em 1965 ele foi artilheiro do time, marcando 33 gols, perdendo apenas para Pelé em nível nacional. Aqui, em melhor resolução.

Do fundo do baú

Roberto Carlos em Maringá
O cantor Roberto Carlos com diretores do Vale Azul Iate Clube e Frank Silva, no início dos anos 70, em Maringá. Mais uma foto do acervo de Valdemar Bandeira.

Biblioteca Pública de Maringá

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No blog MPB, foto  de 1968 e a informação sobre a Biblioteca Pública de Maringá, que foi criada através da lei nº 48/57, e instalada em 7 de setembro de 1963, na avenida Duque de Caxias esquina com a XV de Novembro, com registro no INL nº 9613. Leia mais.

Do fundo do baú

Nelson Ned em Maringá
O cantor Nelson Ned durante sua passagem por Maringá, nos anos 70. Na foto aparecem Verdelírio Barbosa, Valdemar Bandeira e, de costas, João Vrena. Ned está à mesa sentado sobre um engradado de cerveja.

Os Trapalhões em Maringá

Os Trapalhões em Maringá
Os Trapalhões em Maringá, nos anos 80, em que Zacarias aparece sem peruca. Foi nesta visita, para um show na Expoingá, que aconteceu um episódio envolvendo Mussum e o jornalista Manoel Cabral. Aqui, em melhor resolução.

Em cartaz, o cinema em Maringá

cinema
A história da transmissão de cinema em Maringá foi o tema do trabalho de conclusão de curso (Jornalismo) de Eduardo Alves, ano passado, no Cesumar. O trabalho, explica, busca retratar, através de resgate histórico, a evolução e a história do processo de transmissão de cinema na cidade, através de uma grande reportagem impressa, a chegada da tecnologia, os pioneiros na exibição dos filmes, o surgimento e o declínio das salas de cinema, o surgimento do movimento cineclubista na cidade, exibindo películas alternativas, fora do circuito comercial, a história dos festivais de cinema maringaenses, e de que maneira a cidade recebeu essa novidade. Confira aqui.

Foto antiga

Foto antiga
Dom Jaime Luiz Coelho, primeira-dama Puri Valente e o prefeito Adriano José Valente no palanque onde assistiam o desfile alusivo a comemoração dos 23 anos de Maringá. A foto está na coluna de Verdelírio Barbosa no Jornal do Povo desta terça-feira. Aqui, em melhor resolução.

A zona proibida de Maringá

Histórias e personagens marcaram trajetória da antiga zona de prostituição de Maringá, que funcionou na Vila Marumby entre as décadas de 50 e 70

Foto Hilário, zona
O escritor José Hilário volta à praça da Vila Marumby: recordações da antiga zona de Maringá

Texto Donizete Oliveira
Fotos Ivana Martins e Carlos Ronchin
donijornalismo@gmail.com

Nas décadas de 50 e 60, muitos libaneses vieram para o Brasil em busca de oportunidades que não encontravam no velho mundo. Propagava-se que aqui era a terra do novo mundo. A Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, colonizadora da região, fez propaganda em alguns países europeus sobre o eldorado que se abria no Norte e Noroeste do Paraná.
Alta, cabelos negros, lábios carnudos, charmosa e fino trato. Assim era Fátima, libanesa de Beirute. Com sua conversa atraente ganhava a simpatia de seus interlocutores. Atraída pela nova terra, embarcou num navio grego rumo ao Brasil.Continue lendo ›

Último bar resiste

Pioneiro Vila Mar, zona
O pioneiro Joaquim Caetano, cujo bar resiste ao tempo na Vila Marumby

O pioneiro Joaquim Caetano da Costa, 78, nasceu em Correntes, município de 17 mil habitantes no agreste pernambucano. Chegou a Maringá em 1953. Veio atraído pelo café, que na época tinha fama de fazer fortuna no Norte e Noroeste do Paraná. “A gente ouvia falar muitas coisas boas dessa região, então resolvi conhecer”.
Em 1969, ele se mudou para a Vila Marumby e instalou um bar que está até hoje no local, o Bar Nordestino. “Fiz minha vida aqui, na época corria muito dinheiro”, declara. Caetano vendia bebidas, salgadinhos e tinha uma percentagem no preço cobrado pelas mulheres que acertavam programas no seu bar.Continue lendo ›

Tinha até cadeia no local

Osvaldo Reis, zona
Osvaldo Reis diz que até cadeia existia no local

O escritor Osvaldo Reis, 62, guarda boas recordações da zona da Vila Marumby. Aos 15 anos, começou a frequentá-la. Sem o que fazer à noite, ia à zona. Não tinha dinheiro, mas diz que era boa pinta e sempre arrumava alguém para dormir com ele. “As mulheres gostavam de mim”, declara.
Ele afirma que sua lembrança mais marcante era da cadeia que existia no local. Embora nunca tenha ficado lá, Reis diz que era uma sala improvisada para prender pessoas envolvidas em pequenas confusões. “Alguns permaneciam até o dia seguinte, outros eram soltos duas, três horas depois”, conta.Continue lendo ›

Delegado cassou alvarás

Vereador, zona
O ex-vereador João Scramim mostra jornais que retrataram a polêmica causada pelo fim da zona

O então vereador João Waldecir Scramim, hoje com 71 anos, não foi o responsável pelo fim da zona de prostituição da Vila Marumby. Natural do interior do Estado de São Paulo, ele chegou a Maringá em 1951. Entre 1973 e 1976 foi vereador pela Arena.
Ele diz que a zona de prostituição impedia o crescimento da cidade pelo lado do cemitério e Avenida Cerro Azul. Maringá só crescia em direção ao Jardim Alvorada e à Vila Morangueira. Incentivado por moradores, apresentou um projeto de lei na Câmara propondo o fim da zona de meretrício na Vila Marumby. A proposta causou polêmica. Continue lendo ›

Fatores que determinaram o fim das zonas

Foto Eliane, zona
Psicóloga Eliane Maio aponta fatores que puseram fim às zonas de prostituição

A psicóloga Eliane Rose Maio, 51, diz que o fim das zonas de baixo meretrício, como eram conhecidas, deu-se por aumento das doenças sexualmente transmissíveis, emancipação da mulher e liberdade sexual.
Especialista em sexologia, doutora em educação e professora da UEM (Universidade Estadual de Maringá), ela afirma que o alto índice de doenças sexualmente transmissíveis começou a preocupar os homens. Diagnósticos de sífilis e gonorréia os deixavam expostos e causavam problemas na família.Continue lendo ›

Cantor começou na zona

Rebite
Rebite começou cantando nas boates da zona, na Vila Marumby

O sapateiro Wanderley Guilherme da Silva, 58, o Rebite, cantou por 10 anos nas boates da Vila Marumby. Ele e o conhecido cantor maringaense Nego Rosa animavam as noites do local na época da Jovem Guarda. Rebite começou a se apresentar nos programas da Rádio Cultura. Surgiu, então, a oportunidade de ganhar algum dinheiro cantando na zona.
Ele aceitou e não parou mais. Difícil era chegar ao local. Havia apenas uma estrada cercada pelo mato e um ônibus que ia até a Vila Marumby por volta das 22 horas. Para voltar, só de carona, se tivesse sorte de conseguir uma.
Nas quintas, sextas e sábados, o movimento nas boates era intenso. Vinha gente de toda a região. De vez em quando havia batidas policiais. “Eu ficava no meu canto, como era o cantor, eles não mexiam comigo”, lembra-se.Continue lendo ›

Violência afugentou clientes

Casas, zona
Bares da Vila Marumby, cujos alvarás foram cassados em 1976

O Diário do Norte do Paraná estampava na página dois em 16 de março de 1976: “O fim da zona do meretrício”. A matéria destacava: “O ambiente na Vila Marumby é de tristeza. Ontem terminou o prazo determinado pelo delegado de polícia para o fechamento dos bares e boates”.
A alegação do delegado para a cassação dos alvarás de boates e bares se deu porque o local passou a ser frequentado por traficantes e consumidores de maconha. Charreteiros que faziam ponto na praça central da Vila Marumby, hoje Praça vereador Eurico Vieira Guido, se diziam desanimado com a falta de movimento.
Um deles, em entrevista à Folha de Londrina, em 1975, não poupou críticas à polícia, que teria desistido de fazer plantão no local. “Só continuo trabalhando porque sou velho e não quero ficar parado em casa”, reclamou. “Antigamente, isso aqui era bom para se ganhar dinheiro”.
De acordo com a reportagem da Folha, naquele ano, apenas cinco charreteiros faziam ponto no local contra 32 em anos anteriores. “Isso se deu por falta de policiamento, são raras as noites em que não há assaltos, esfaqueamentos, tiroteios e outros delitos praticados aqui”, complementou outro charreteiro.

Da Avenida Guaíra à Vila Marumby

Do professor Reginaldo Dias:

Maringá conviveu com a chamada zona do baixo meretrício (ZBM) até meados da década de 1970, quando já contavam mais de 25 anos de fundação, e o período pioneiro convertia-se em monumento da memória. A “zona” – maneira econômica que o povo adotou para se referir ao termo – então se  localizava na Vila Marumby, logo após o limite sul do desenho original do plano de urbanização de Maringá, cuja fronteira, para usar uma referência atual, era a linha que hoje constitui a Avenida JK.
As zonas de prostituição costumam fazer parte da paisagem das áreas de expansão de fronteira, convertendo-se tanto em palco dos lazeres de licitude controversa quanto dos negócios que se proliferam. Até certo momento do processo de urbanização, são vistas com um pouco de romantismo e como problema a ser oportunamente erradicado.Continue lendo ›

Campeões de economia

Maverick
Ary Bueno de Godoy e Luiz Nora Ribeiro fizeram 9,9 km por litro num Maverick, como estampa este anúncio da Pismel, de agosto de 1974, enviado por Marco Antonio Deprá. Aqui, em melhor resolução.

Em cartaz


Zé Roberto Balestra fala sobre as doces imagens da infância em sua terra, em especial o Cine Ouro Branco, que hoje completaria 51 anos. O cinema, escreve ele, é uma cena inesquecível do filme deinesquecível do filme de sua vida. “Guardo-a protegida na velha lata das belas recordações e dos encantos das tantas alegrias juvenis que naquele espaço vivi até 1973, ano em que o roteiro da vida soprou-me para outras sequências em outros rincões do país. Por isso, parabéns “meu velho amigo” Cine Ouro Branco! Seu filme ainda está em cartaz…comigo!”. Leia mais.

(Foto: Osvaldo Del Grossi)

O Rei do Café

Geremia Lunardelli
JC Cecílio adquiriu diretamente dos Estados Unidos a original da foto acima (aqui, em melhor resolução), que mostra Geremia Lunardelli, o Rei do Café, peneirando café em uma de suas propriedades rurais, em abril de 1955. Leia, no blog MPB, também sobre as inspirações de Tião Carreiro e Pardinho que criaram Rei do Gado, baseado na história dele, falecido em 1962.

Vila Velha em 1944

Vídeo postado por Paulo da Loja Fígaro mostra o pioneiro Eugênio Hauer Kwasinski com seu automóvel a gasogênio na região de Ponta Grossa, incluindo a Vila Velha de 1944.