Opinião

Profissões esquecidas: um ferreiro em Maringá

A técnica de trabalhar o ferro era promissora e necessária, porém, esta profissão foi se extinguindo com a modernidade. Os ferreiros manipulavam  o fole e a forja, moldavam o ferro, ferravam os cavalos e realizavam pequenos reparos nas carroças. Apesar de o trabalho do ferreiro já ter sido considerado extinto na década de 70, podemos observar que esse ofício  ainda permanece em algumas regiões do interior do Paraná. Em Maringá, lembro de um ferreiro que manteve sua oficina na avenida Paraná até a década de 80, no centro da cidade. É possível que ainda existam outros, pois cavalos e carroças ainda resistem. Onde estão os ferreiros de Maringá?

Ivana Veraldo

Memória escolar: o mimeógrafo a álcool

Pode ser espantoso, mas ainda há escolas que o usam, pois o xerox e o computador ainda não são utensílios totalmente democratizados nas escolas. O Mimeógrafo foi durante muito tempo a mais barata e eficiente forma de impressão para pequenas tiragens. Primeiro era preparada uma matriz, ou estêncil, que era enrolada no cilindro; colocava-se o álcool, introduzia-se o papel, girava-se a manivela e a cópia saía do outro lado do artefato: um impresso com indefectíveis letras roxas borradas. O cheiro que exalava das cópias é inesquecível. Mas, as páginas ficavam, em pouco tempo, ilegíveis.

Ivana Veraldo

Um ano sem Neidinha

Do padre Orivaldo Robles:

Desculpando o mau jeito da comparação, pessoas são como caminhões basculantes rodando por estradas de cascalho: quanto mais vazias, mais barulhentas. Algumas sentem invencível necessidade de chamar sobre si a atenção dos outros. Sofrem se não estão em evidência. Precisam de holofotes a iluminá-las sem parar. De outra forma, não aguentam o vazio de uma vida pouco mais que inútil. Outras, ao contrário, não fazem a menor questão de aparecer. Nem precisam. Sua simples presença é expressão de grandeza. Vivas, assinalam sua importância pelo bem que espalham. Quando morrem, ninguém as substitui.  Uma dessas deixou-nos há um ano. No dia 8 de junho passado, a casa do Pai recebeu Neide Luize, que todos chamávamos Neidinha. Cavou em nossa vida um buraco difícil de preencher. Leia mais.

Memória escolar: as medalhas de honra ao mérito

Já fiz referência aos castigos escolares em outra postagem. Mas, as escolas, além de praticar a punição, também colocavam em ação um conjunto variado de estratégias de premiação. Vale lembrar as famosas medalhas de honra ao mérito que representavam um incentivo dado aos alunos que obtivessem o melhor rendimento escolar. Essa prática foi muito comum nas décadas de 1960 e 1970. A meritocracia continua, porém, hoje os prêmios e os castigos são outros.

Ivana Veraldo

Apenas 56% de escolas estão conectadas à internet

O Brasil tem pouco mais da metade das escolas conectadas à internet, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Enquanto o país mantém 56% das escolas com acesso à rede, no Chile a cobertura chega a 75% e o Uruguai mantém 100% de cobertura de internet banda larga nas escolas. Nossa defasagem é enorme!

Ivana Veraldo

Alunos serão obrigados a ver filmes nacionais

O projeto de lei, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), foi aprovado na última terça-feira pela Comissão de Educação do Senado. O objetivo, segundo o político, é disseminar a cultura cinematográfica na rede pública a um custo reduzido e despertar nas crianças o interesse pelas produções nacionais. O projeto é interessante, mas será que os professores estão preparados para introduzi-lo nas escolas? Caso contrário será apenas um momento recreativo e não pedagógico. É importante resgatar a cultura brasileira, mas, o professor precisa aprender a escolher bem os filmes, assim como deve aprender a escolher os livros didáticos. É preciso, também, adquirir ferramentas teóricas próprias para a discussão desse tipo de recurso. O projeto seguirá agora diretamente para a Câmara dos Deputados.

Ivana Veraldo

Eleição presidencial na Colômbia

De Rudá Ricci:

Aurelijus Rutenis Antanas Mockus Šivickas é matemático e filósofo, filho de imigrantes lituanos. Foi reitor da Universidade Nacional da Colômbia e recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Paris XIII. Foi prefeito de Bogotá de 1995 a 1997 e de 2001 a 2004. No ano passado filou-se ao Partido Verde ao lado de Luis Eduardo Garzón (sindicalista, prefeito de Bogotá de 2004 a 2007, candidato a Presidente em 2002) e Enrique Peñalosa (prefeito de Bogotá, de 1998 a 2001). Todos analistas colombianos afirmam que hoje pode ter início a mudança mais radical do regime político de seu país. Na íntegra.

Deus existe

Para contrapor a artigo do Luiz Modesto, que não conheço pessoalmente, mas respeito pela coragem de expor suas opiniões, convido-o e aos demais leitores para refletirmos sobre o texto a seguir:

“Há uma finalidade, há uma Lei no Universo? Ou esse Universo é apenas um abismo no qual o pensamento se perde por falta de ponto de apoio, em que gire sobre si mesmo, igual à folha morta ao influxo do vento? Existe uma força, uma esperança, uma certeza que nos possa elevar acima de nós mesmos, a um fim superior, a um principio, a um Ser em que se identifiquem o bem, a verdade, a sabedoria; ou terá havido em nós e em redor de nós apenas a dúvida, incerteza e trevas?Continue lendo ›

Ensino integral público no Brasil

Infelizmente, o Brasil figura entre os países onde as crianças passam menos tempo na escola. A educação integral deveria ser prioridade em termos de políticas públicas, contribuindo para a melhoria do ensino. O Programa Mais Educação do governo federal financia a jornada ampliada nas redes municipais e estaduais. De 2008 a 2010 houve um crescimento de 630% em relação ao número de escolas que aderiram a esse Programa. No entanto, o Brasil está longe de concretizar um projeto eficiente e amplo de ensino integral.
Ivana Veraldo

Depende da boa vontade dos prefeitos

Foi aprovada uma Lei (12.244) que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país (públicas e privadas). Cada biblioteca deverá ter, no mínimo, um título para cada aluno matriculado. A determinação deverá ser cumprida até o ano de 2020. Atualmente, quase 100 mil colégios de ensino fundamental público e particular não contam com esses espaços. A pior proporção de bibliotecas por habitantes acontece no Amazonas (24 bibliotecas públicas e uma população de 3,3 milhões de habitantes). Curitiba é a segunda cidade que tem mais bibliotecas públicas em proporção a população (55 e uma população de cerca de 1,8 milhão). Para a instalação das bibliotecas a União fará parcerias com os municípios e será necessário criar uma lei municipal, permitindo a disponibilização de recursos para a criação e manutenção. Os prefeitos terão que ter sensibilidade para a questão, caso contrário, os livros continuarão inacessíveis.

Ivana Veraldo

“Aqui eu mando”

Do leitor:

Por que preservar a rodoviária? Nunca precisei dela e nunca passei por lá, sempre quando viajei foi de avião ou de carro próprio, também posso usar carro oficial, inclusive para levar meus filhos para escola com o carro oficial e não dá nada, porque não posso desmanchar a rodoviária antiga? velha e feia, afinal sou o prefeito e eu mando.
Eu pago os condôminos, eu tenho o dinheiro, não importa quem vai pagar a conta, tenho os servidores que terão de ir lá e demolir o prédio (rodoviária) depois você povinho paga os impostos, se não der eu crio mais algumas taxas para o povinho pagar. Quando precisar da saúde e não for atendido a culpa não é minha, é do governo estadual ou federal. Porque aqui eu mando.

Sepultamento do vivo

De José Fuji:

O sepultamento da Rodoviária Américo Dias Ferraz será realizado nesta sexta-feira, dia 28/5/10, às 15h. No mesmo endereço será demolida e sepultada com muita vida, vão apagar da memória dos maringaenses a história de Maringá, pela administração cidadã, pelo comando do prefeito atual Silvio Magalhães Barros II, que teria interesses financeiros não divulgados. Convidamos todos os maringaenses para a sua última homenagem. Apenas 48 anos, está morrendo prematuramente.
(+1962 – 2010) – Aqui jaz a “Rodoviária de Maringá”, esta sendo ceifada a sua vida sem ter direito a uma defesa. É lamentável!

Sobre gays e religião

De Luiz Modesto:

Deus não existe! – opinião minha e de mais alguns tantos, gays ou não… (nada contra quem crê… não dizem que futebol e religião não se discute, então, a prosa podia ser a mesma com relação a orientação sexual, né verdade?) Tá certo, não vou dizer que religião é de todo ruim, tenho grande estima por aqueles que trabalham com obras sociais – beijos para as freirinhas queridas dos asilos, albergues e orfanatos! Na íntegra.

Memória escolar: os apontadores de lápis

A imagem é de um apontador de lápis de mesa do final do século XIX. Máquinas cada vez mais precisas e rápidas começaram a produção em massa do lápis. Naquele período, os lápis e os apontadores eram utilizados no mundo comercial, predominantemente. Nos anos 70 do século XX, com a expansão da escola pública, aumenta a produção de lápis e, consequentemente, dos apontadores. Porém, os de mesa são substituídos pelos de uso individual.

Ivana Veraldo

Memória escolar: os carimbos

Os carimbos foram intensamente utilizados na fase inicial da expansão da escola pública, por ser necessária a multiplicação de desenhos, letras e palavras. Esse material foi de grande valor pedagógico para a aprendizagem. Caiu em desuso com a introdução do mimeógrafo a álcool, do Xerox e da impressora a tinta conectada aos computadores. Os carimbos ainda são utilizados nas aulas de artes.
Ivana Veraldo

Rodoviária, um passo atrás

A destruição do prédio da antiga Rodoviária de Maringá é um passo atrás. Veja o caso de Ouro Preto (MG), uma cidade de 400 anos. Imagine se lá fosse tudo derrubado em nome da modernidade. Hoje, nada teríamos daquela cidade, que um dia foi Vila Rica. Imagine a Estação da Luz em São Paulo, que se transformou num prédio cultural, sem destruir a antiga estrutura.

Maringá tem apenas 63 anos. É muito jovem. Daqui a 400 anos, o que teremos preservados? Veja a Europa, por exemplo. Se tivessem destruído suas construções de centenas e milhares de anos? Imagine, se tudo tivesse ido ao chão? Que seria do Velho Mundo?Então, não é possível entender tal atitude em nome do novo. Não vou entrar no mérito das questões entre donos de quiosques e Prefeitura. O que não se pode é destruir o patrimônio histórico, que é a cara da cidade. Não podemos apagar nossa identidade. Lamentável.

Donizete Oliveira, jornalisa e professor

Silvio II: igual a Américo Dias Ferraz

Do Bode Expiatório:

– O que o Sílvio está fazendo é a mesma estupidez que o ex-prefeito Américo Dias Ferraz fez, quando numa decisão insana e desnecessária, determinou que fossem derrubada as árvores nativa que ocupavam quase a metade da praça Napoleão Moreira da Silva. Ora, as árvores foram plantadas cuidadosamente alinhadas, intercalando várias espécies da flora original, e quem mandou plantar tais árvores tinha como objetivo deixar para as gerações futuras o que fora estas terras. Num belo dia, todas estavam no chão, no local, apenas a terra nua.
O ex-prefeito Américo era um indivíduo simples que ganhou e perdeu dinheiro comercializando café, não se podia esperar muito dele, a não ser atitudes simplistas.
Portanto, é difícil equipará-lo com o atual prefeito. Mas a decisão do Sílvio de derrubar a atual rodoviária torna-o igual ao ex-prefeito Américo Dias Ferraz.

Nada de mais

Publicado originalmente na seção Caixa Postal de O Diário:

Tenho lido e ouvido críticas a uma licitação aberta pela Câmara de Vereadores de Maringá, para aquisição de uma tonelada de pão francês e 3.000 litros de leite tipo B, para lance de funcionários e vereadores, no valor global de R$ 13.600,00. Evidentemente que todo este produto não será entregue de uma só vez e a estimativa é que seja suficiente para  seis meses, se considerarmos o uso de cerca 120 pão por dia útil. Nada de mais no fornecimento de lance aos funcionários, isto é perfeitamente legal, na minha opinião. O que se pode contestar é o número de funcionários da Câmara, que acho exagerado, mas quanto à licitação, preço e quantidade, não vejo nada de errado. Valcir Martins, Maringá – PR

A história da rodoviária

Em  1962, ano da inauguração da Estação Rodoviária Municipal de Maringá, o Brasil fervilhava com o milagre econômico do qual a nova capital, Brasília, é o marco mais expressivo. Com o slogan de “50 anos em 5”, Juscelino Kubitschek propunha a colonização do interior e uma aceleraçao do crescimento econômico do país. Esta década é marcada também pelo início da ditadura, em 1964, e pela instituição do AI-5, em 1968, suprimindo as liberdades individuais.
A construção da rodoviária, com o projeto do engenheiro Gelson E. Gubert, iniciada durante a gestão de Américo Dias Ferraz que lhe dá nome, foi concluída por João Paulino Vieira Filho. Em 1984, o edifício sofreu uma reforma que cobriu o pátio de manobras em frente às duas fachadas, revestindo as marquises com lambris metálicos e escondendo a beleza estrutural dos arcos. Estes arcos, que sustentam a casca da cobertura e conferem um vão de 25 metros à laje de concreto da entrada do saguão, eram o portal da cidade que acolhia viajantes de ônibus e de trem. O projeto da estrutura metálica sobre os pátios foi elaborado pelo engenheiro Ubiratan Claudino Soares, durante a gestão de João Paulino Vieira Filho e ruiu por conta da falta de manutenção.
Oficialmente, esta rodoviária é a segunda da cidade. A primeira foi um simples telheiro de quatro águas, sustentado por oito colunas de tijolos, situado na praça Napoleão Moreira da Silva (Santos, 1975). Apesar da sua rusticidade e simplicidade, é a imagem do telheiro que está associada à busca do eldorado no interior do estado. É esta cobertura singela a que emoldurou a primeira impressão dos pioneiros sobre o lamaçal ou sobre a terra poeirenta onde eles iriam plantar o sonho de uma vida melhor. Infelizmente, esta edificação não foi conservada.

Valter Tadeu Dubiela

Uma lição que vem de Cianorte

De Eleutério Langowski, de Cianorte:

Enquanto Maringá perde uma referência visual da sua história, Cianorte ganha a preservação do antigo armazém vermelho da Agef. O armazém ficou para a Prefeitura, que havia deixado uma dezenas de negociantes de sucatas tomarem o lugar. Depois de completamente degradado, o grupo Morena Rosa assumiu o lugar por concessão de uso e está, por sua conta, reformando o antigo armazém construído em 1959, mantendo suas cores e características originais, porém com utilizade moderna. Será a sede da Joy Moda Infantil, que o grupo Morena Rosa adquiriu recentemente. O lugar vai ficar um brinco.
É uma pena que o prefeito de Maringá só pensa em destruir a Rodoviária e empreender especulação imobiliária no local. Poderia pelo menos manter a fachada e a galeria, com reformas estruturais.

Justificativas da lei do fim da palmada

Na justificativa do projeto de lei que proíbe castigos físicos a crianças e adolescentes a deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirma que as crianças e os adolescentes são percebidos como grupos inferiorizados e sem direitos, frente aos quais é tolerado o uso da violência;  afirma também que  vigora no Brasil um modelo familiar pautado na valorização do espaço privado e da estrutura patriarcal, que, por estar muitas vezes submerso em dificuldades sócio-econômicas, propicia a eclosão da violência. Segundo a deputada, soma-se a isso o costume de se recorrer a alternativas violentas de solução de conflitos. A Lei, informa a deputada, contribui para valorizar a infância e a adolescência, a percepção da criança como um ser político, sujeito de direitos e deveres, e, ainda, a elucidação de métodos pacíficos de resolução de conflitos.

Ivana Veraldo

O mais feliz

Do padre Orivaldo Robles:

Há muitos anos, num país distante, havia um rei bom e justo. Seu reino, por isso, vivia em paz e ele era muito amado pelos súditos. Lá um dia, por misteriosa razão, o rei foi acometido de inexplicável tristeza. Fechou-se num mutismo de causar dó. Nem queria alimentar-se. Mobilizaram-se os sábios para devolver-lhe a alegria. Tentaram tudo, mas nada dava certo. Por fim, trazido para observá-lo, um velho a quem se atribuíam especiais dotes de conhecimento, sentenciou:
– O rei voltará a sorrir quando vestir a camisa do homem mais feliz do reino. À pressa, foram despachados emissários para os extremos do reino e até para reinos vizinhos. Mas nenhum conseguiu encontrar o homem. Ele parecia simplesmente não existir. Na íntegra.

O fim da palmada

Agora querem acabar com a palmada! Não estamos falando de agressão ou exageros, é aquela palmadinha pedagógica, instintiva, quase inocente, que dá um basta e mostra que a vida corrige, ensina e cobra; seja no tapa caridoso da mãe ou no porrete do policial. Talvez esses “faladores” imaginem que uma conversa agride menos ou a imundície de uma cela lotada seja mais eficiente, alguns anos a frente. Não falamos aqui em violência, mas de bom senso, de respeito. Onde vão parar nossas crianças, esses reizinhos que como se já não bastasse a razão egocêntrica da idade, agora passam a ter a razão legal? Em algum tempo, teremos pais agressores sendo punidos varrendo escola e filhos mal educados e intocáveis vistoriando. Esta é sua sociedade?
Edison Pilati Junior

Projeto proíbe castigo físico em crianças e adolescentes

Foi aprovado na Câmara dos Deputados Federais o Projeto de Lei 2.654/03 que proíbe qualquer forma de castigo físico a crianças e adolescentes. O projeto será encaminhado ao Senado. De acordo com o texto a punição corporal de criança ou adolescente sujeitará aos pais, professores ou responsáveis a medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). O projeto de lei foi elaborado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS) com base em um abaixo-assinado com 200 mil assinaturas recolhidas pela Universidade de São Paulo (USP).
Ivana Veraldo

Pentecostes: A Igreja de Cristo completa 1977 anos

Do padre Sidney Fabril:

No Antigo Testamento, a presença de Deus no meio do povo era representada pelo Templo de Jerusalém, de modo que se deveria visitá-lo ao menos uma vez por ano para se encontrar com Deus. Com Jesus, no Novo Testamento, a presença de Deus se dava no encontro com o corpo dele. Ele se encarnou, passou a ter um corpo físico. Ele é Deus. Portanto, o seu corpo físico é a presença encarnada de Deus junto à humanidade. Com sua morte e ressurreição, Jesus cumpriu sua missão de salvar a humanidade do pecado que leva à morte. Por isso, volta ao céu, junto à Trindade Santa. E agora, como se dá a sua presença no meio de nós? Como podemos nos encontrar com Ele, nosso único Salvador? Também através do seu corpo, mas não mais o corpo físico e sim o seu corpo místico. E o que é o corpo místico de Cristo? É a sua Igreja. Na íntegra.

Para economizar dinheiro do contribuinte

Do leitor:

Pelo menos nisso o governo Requião fez bonito: economizou um bom dinheiro substituindo softwares proprietários e pagos pelo software livre. Por que o resto do poder público também não faz isso? Peguemos como exemplo a Prefeitura de Maringá. Não compram a licença do Microsoft Office (Word, Excel etc.) para, teoricamente, economizar dinheiro. Certo, usam o BrOffice (Writer, Calc, equivalentes ao Word e Excel), que é um software livre. Mas por que não migram para o Linux, por exemplo, em vez de ficar pagando licenças do Microsoft Windows? Existe versão do BrOffice para o Linux. Existe navegador equivalente (e até melhor) ao Internet Explorer no Linux, o Mozilla Firefox. Existe um cliente de e-mail equivalente (pra não dizer melhor, novamente) ao Outlook Express, o Mozilla Thunderbird. Com isso, seria possível economizar um bom dinheiro do contribuinte…

CNBB e o pêndulo para a direita

De Rudá Ricci:

A 48ª Assembléia da CNBB indicou uma mudança de rumos importante. Trata-se de guerra de posição no seu interior. O pronunciamento oficial do arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, na assembléia, foi uma demonstração de ousadia e força. O ultradireitista líder católico afirmou, sem qualquer pudor e com todo mecanismo de superego desligado: “Quando a sexualidade é banalizada, é claro que isso vai atingir todos os casos. O homossexualismo é um caso. Antigamente não se falava em homossexual. E era discriminado. Quando começa a (dizer) que eles têm direitos, direitos de se manifestar publicamente, daqui a pouco vão achar os direitos dos pedófilos”. Em outras palavras, alinhou pedófilos aos homossexuais. Na íntegra.

Mudança de nome do Parque do Japão

De José Fuji:

Sugiro ao sr. vereador Mário Hossokawa que entre com um projeto de lei municipal propondo a mudança do nome do “Parque do Japão”.  Já foram carreados milhões de reais do erário público para essa obra, mas ela está paralisada. O projeto inicial ficou conhecido como sendo uma ideia dos descendentes de japoneses. Na verdade, são poucos descendentes que o articulam. Há outras organizações que estão cuidando do projeto e da sua execução, inclusive uma diretoria da administração municipal. A maioria dos maringaenses nem conhece o local e nós, os descendentes de japoneses, somos cobrados pelo “elefante branco” que está totalmente ocioso. Por esse motivo é que sugiro a mudança do nome do Parque.

Memória escolar: as canetas tinteiro e as esferográficas

As mais famosas canetas tinteiro surgiram no século XIX: a Sheaffer em 1819, a Parker em 1832, a Waterman em 1884 e a Mont Blanc em 1909. A primeira caneta esferográfica surgiu em 1937 e ficou conhecida como “caneta Biro”. Em 1945 a Parker lançou sua primeira versão esferográfica. Mas, seu preço era alto e no ano seguinte o francês Marcel Bich desenvolveu um processo industrial de fabricação de canetas que reduzia o custo por unidade. Deu a elas o nome “BIC”. A caneta esferográfica foi introduzida na escola brasileira nos anos 60 e por seu baixo custo substituiu as “tinteiro”. Até esse período as carteiras escolares tinham um tinteiro embutido. Nas escolas primárias muitas professoras advertiam que por deslizar com muita facilidade pelo papel as canetas esferográficas atrapalhavam a alfabetização das crianças. A Parker 51 foi a caneta tinteiro mais vendida no mundo todo.
Ivana Veraldo

Sobre padres e cães

Do padre Orivaldo Robles:

Em 1985, padre Mateus Elias veio morar no Seminário Arquidiocesano, do qual eu era reitor, ali na saída para Paranavaí. Deixou Doutor Camargo, não pelos 71 anos de idade, mas por culpa de uma deficiência visual que só aumentava. Com grande esforço e ajuda de uma lupa, continuou lendo e escrevendo. Trabalhou até momentos antes de morrer, três anos depois. Logo que chegou, pediu-me que, vez por outra, alguém o levasse à sua cidade. Determinei ao seminarista encarregado da kombi que o atendesse. Quinzenalmente, sem falta, ele retornava à ex-paróquia. Passou o tempo. Um belo dia, perguntei ao motorista se o continuava conduzindo a Doutor Camargo. Resposta: “Ele não vai mais; faz meses que seu cachorrinho morreu”. Leia mais.