Ainda bem que Silvio Barros não é grego.
Se nosso prefeito morasse em Atenas, na Grécia, no mínimo diria: “Temos que demolir esse tal de Parthenon, vejam como está degradado”. Pois foi justamente esse comentário que eu ouvi dele sobre a rodoviária poucos anos atrás, ainda no primeiro mandato, durante um conferência de urbanismo que teve aqui em Maringá. Mostrando fotos dela esplanava dizendo que apenas aquele arco na fachada era bonito, mas que todo o resto era medonho.
Infelizmente esse era (ou ainda é) o sentimento compartilhado por boa parte da população quando se diz sobre a derrubada do prédio. Eu sempre ouvi comentário como “tem que derrubar aquilo mesmo”, “aquela contrução está degradando o centro”, e sempre explicava que a situação daquela região não é culpa da rodoviária, a construção sozinha não induz à marginalidade.
Ainda nessa época assiti outra palestra de um grande arquiteto ítalo-brasileiro Gasperini, junto com seu sócio Aflalo, mostrando os trabalhos de Gasperini desde o início de sua carreira até quando juntou-se ao Aflalo, a partir daí só apareciam fotos de edifício comerciais todos envidraçados sem muito o que falar sobre eles. Entre estas tinham fotos de projetos e uma dela era do “edifício a ser erguido no espaço onde hoje há a rodoviária”, eram duas torres sem sal, todo espelhado, “tudo que Maringá sempre quis, para se tornar importante”. Logicamente questionaram sobre a derrubada de um patrimônio e só Aflalo respondia sobre essas questões, as mesmas respostas que hoje ouvimos do sr. Prefeito.
Ainda bem que Silvio Barros não é grego, nem romano, nem baiano, nem carioca, nem egípcio… etc., pois este lugares teriam seus patrimônios demolidos para dar lugar a centros comerciais.
Infelizmente Silvio Barros é maringaense.
Rodrigo Abreu