O secretário de Estado da Indústria e Comércio, Ricardo Barros (PP), esteve ontem no Tribunal de Justiça do Paraná, visitando o presidente, desembargador Miguel Kfouri Neto. De acordo com o site do TJ, Barros apresentou as “primeiras medidas do programa Paraná Competitivo, que visa atrair investimentos produtivos para o Paraná” e falou sobre a nova política fiscal.
Coincidentemente, a visita deu-se a dois dias de um julgamento que pode afetar a vida pública do ex-prefeito de Maringá: amanhã a 5ª Câmara Cível julgará recurso de Barros no caso da Aeroservice, quando, faltando poucos dias para encerrar o mandato, em 1992, ele preferiu pagar uma empresa por um serviço não realizado, ao invés de pagar o funcionalismo público, o que o obrigou a fugir pela janela do paço. Em primeira instância, junto com ex-secretários, ele foi condenado por improbidade administrativa a ressarcir o erário; se o TJ-PR mantiver a condenação, Ricardo Barros deve ficar de fora das próximas eleições, por causa da Lei Ficha Limpa, além de correr o risco de permanência no governo Richa. Parte do esforço para evitar a condenação: um filho do presidente do TJ, conforme informou Verdelírio Barbosa, foi convidado a integrar o secretariado do irmão mais velho, Silvio II, que já emprega, em cargo de confiança, uma cunhada do magistrado. Provocar constrangimento público, aliás, faz parte da tática dos irmãos.
PS – Às 16h06 do dia da visita o processo foi retirado de pauta; no dia 2, foi juntado o requerimento de suspensão do processo.