Eles amam odiar Maringá
Do padre Orivaldo Robles:
Não levem a mal a declaração deste caipira: considero minha esta cidade, que amo com ternura ingênua. Para cá vim faz 56 anos. Minha primeira impressão de Maringá foi assustadora, para dizer o mínimo. Era o dia 29 ou 30 de dezembro de 1957, não lembro bem. O ônibus parou na Praça Raposo Tavares. Desci no descampado ainda com marcas de árvores removidas em passado recente. Arregalei os olhos para uma Maringá de poeira, calor e gente feia. E, sem cachê nem ensaio, me vi como um figurante daqueles filmes de faroeste da minha infância.
Eu ia para Alto Paraná. Desde setembro, minha família morava lá. Morar ali ou em Maringá, para mim, era quase a mesma coisa. Eu estudava em Curitiba. Continue lendo ›