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Paraná bloqueia fronteira para inibir entrada de foragidos do Paraguai

A Secretaria da Segurança Pública determinou às polícias Militar e Civil o bloqueio das entradas no Paraná, nas faixas de fronteira, em especial na região Oeste do Estado, seja por terra (rodovias e matas) ou rios. A medida é para inibir a entrada de foragidos de um presídio da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero.

O reforço de policiamento inclui patrulhamento aéreo. Além do uso de helicóptero, a operação envolve o uso de embarcações, viaturas, motocicletas e cães. A atuação policial também conta com ações de inteligência, congelamento de áreas e abordagens policiais.

“As forças policiais estão desdobradas no terreno fronteiriço, e outras regiões, com o objetivo de identificar e prender os foragidos”, afirma o secretário da Segurança Pública, coronel Rômulo Marinho Soares. Segundo ele, o Paraná está trabalhando integrando com o Exército Brasileiro e com as Polícias Rodoviária Federal e Polícia Federal. “Acreditamos que atuando de forma conjunta teremos mais êxito no combate ao crime organizado e na recaptura destes foragidos”

O secretário destaca que as medidas foram determinadas pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior para garantir segurança e proteção “ao cidadão de bem que precisa trabalhar, estudar, e ter seu lazer nessas regiões que podem ser usadas como esconderijo para estes foragidos”. Em caso de prisão de qualquer foragido do Paraguai, a Secretaria de Segurança pedirá o encaminhamento da pessoa para presídio federal de segurança máxima.

POLÍCIA MILITAR – Além do policiamento preventivo e ostensivo da Polícia Militar, bem como ações de inteligência, a Secretaria da Segurança Pública está ampliando as ações por meio de barreiras e bloqueios policiais, que permitem identificação e abordagem de pessoas, como uma malha de recobrimento para complementar as atividades regulares.

Na região Oeste, os quatro batalhões estão empenhados neste reforço, são eles: Foz do Iguaçu (14º Batalhão), Toledo (19º Batalhão), Pato Branco (3º Batalhão) e Francisco Beltrão (21º Batalhão). “Cada uma das unidades atende diversas cidades, cobrindo toda a região de fronteira com Paraguai e Argentina, e também a divisa com o Mato Grosso do Sul”.

Além dessas unidades, o Batalhão de Polícia de Fronteira está aplicando o Pelotão Cobra com embarcação nos rios desde o anúncio da fuga. “Pelos rios existem muitas saídas por meio de portos clandestinos, por isso estamos atuando fortemente nestas áreas, locais onde costumeiramente pessoas passam tentando levar armas, drogas e outros produtos ilegais”, explicou o coronel.

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) já enviou no domingo o Comandos e Operações Especiais (COE). Nesta segunda, estão sendo enviados a Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE) e a Companhia de Choque (CiaPChoque) para recobrimento de patrulhamento e de operações.

“O diferencial é a formação dos militares, que estão preparados para atuar em situações de crise, enquanto os policiais do BPFron recebem doutrinas especiais para operações aquáticas e aéreas”, informa o subcomandante da PM, coronel Antônio Carlos de Moraes. “As técnicas permitem aos policiais militares operar em locais de difícil acesso e com a possibilidade de neutralizar ações de alto risco”.

POLÍCIA CIVIL – As ações de inteligência policial também estão sendo ampliadas pela Polícia Civil, por meio da troca de informações integrada com o Departamento de Inteligência do Paraná e outras forças da região de fronteira. “O objetivo é somar-se a equipes regulares que também atuam fortemente no combate ao crime organizado, impedindo a entrada de drogas, armas e facções criminosas no Estado”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach.

O helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas sobrevoa as áreas de balneários da região Costa Oeste. Além da aeronave, equipes de operações especiais do Centro de Operações Policiais Especiais e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial reforçam o trabalho de segurança pública que está sendo realizado na fronteira.

“A Polícia Civil utiliza toda sua expertise tecnológica, de inteligência, de investigação, tática e operacional para reprimir atividades ilícitas na fronteira do Estado com países vizinhos”, explicou o delegado-geral. “Nossa Polícia também é responsável pela investigação de situações de crime e está usando a inteligência para identificar inclusive pessoas que possam estar ligadas com os foragidos”.

DEPEN – Além das ações policiais, o Departamento Penitenciário do Paraná, caso haja identificação e prisão de algum foragido, vai contribuir nas tratativas para os encaminhamentos previstos. “Vamos imediatamente solicitar a implantação destes presos em presídio federal, conforme anunciado pelo ministro Sérgio Moro”, disse assessor jurídico do Depen, Renan Ferreira. (AEN)

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Os foragidos

De Fábio Silveira, no Baixo Clero:

Os cinco auditores considerados que tiveram a prisão preventiva decretada na quarta fase da Operação Publicano e são considerados foragidos, são Lídio Franco Samways Júnior, Gilberto Della Colleta e Clóvis Rogge, de Curitiba e Cláudio Tosato e Djalma Correa, de Londrina.
De acordo com o advogado Arthur Travaglia, que defende Tosato, seu cliente, que responde em liberdade graças a um habeas corpus, está viajando com autorização da Justiça. A autorização foi concedida na quarta-feira, véspera da deflagração da quarta fase da Publicano. Assim que retornar a Londrina ele deve se apresentar.

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Nove presos da colônia penal estão foragidos

Nove dos 177 presos do regime semiaberto da Colônia Penal Industrial de Maringá não retornaram ao local, após encerrar o prazo do indulto das festas de fim de ano, ontem. A informação é da Gazeta Maringá. O número representa 5% de evasão e, segundo o diretor da CPIM, Dorival Bueno, o índice é superior aos anos anteriores, no qual o registro havia sido de até 3%. Os presos, agora, são considerados foragidos. Se recapturados, perdem o benefício do regime semiaberto e voltam para o sistema fechado. Tem direito à saída temporária dos presídios o detento em regime semiaberto que já tenha cumprido ao menos um sexto da pena, caso seja réu primário, ou um quarto, caso seja reincidente.