A nova bandeira black power
De José Carlos Fernandes, na Gazeta do Povo de hoje:
O nome da engenheira Enedina Alves Marques (1913-1981) andava tão apagado que não causaria espanto se alguém o tomasse por senha de uma sociedade secreta. A lista seleta dos que lhe prestavam culto se resumia aos decanos do Instituto de Engenharia do Paraná, o IEP, às senhoras do Clube de Soroptimistas – para citar duas sociedades das quais fez parte –, e chegava a uns poucos amigos e afilhados. Até que súbito se tornou uma popstar. Virou bandeira flamejante no movimento negro e objeto de estudos de gênero, mesmo que nos seus 68 anos de vida não tenha demonstrado simpatia por nenhuma das duas causas. Há 15 dias, um post sobre a engenheira gerou 2 mil compartilhamentos instantâneos no Facebook. Em paralelo, uma campanha reivindica que o Edifício Teixeira Soares, ex-RFFSA, na rua João Negrão, futuro Câmpus Rebouças da UFPR [em Curitiba], passe a se chamar Enedina Alves Marques. Leia mais.
PS – Enedina, na fito com professoras do Grupo Barão de Antonina, de Rio Negro, dá o nome ao Instituto de Mulheres Negras de Maringá, fundado em 2006.