Hiprocrisia presidencial
De José Luiz Boromelo:
Em recente compromisso na capital italiana a presidenta fez-se acompanhar de numerosa comitiva, requerendo uma estrutura considerável. Foi aconselhada por um ministro (ex-seminarista) a prestigiar a posse do Papa (até por conta de suas conturbadas relações com a Igreja Católica). É sabido que o Brasil mantém bom relacionamento com o Vaticano há muito tempo, portanto (teoricamente) não seria imprescindível que a chefe da nação prestigiasse o evento. Não há justificativas para transformar a viagem num périplo dessa envergadura, em que a comitiva presidencial constituiu-se por algumas dezenas de integrantes. Para rematar com chave de ouro o “tour da fé”, decidiu-se não ocupar as suntuosas e aconchegantes dependências da embaixada brasileira em Roma. O jeito foi acomodar o grupo em 52 quartos do Westin Excelsior, um dos melhores hotéis da Europa cujas despesas oneraram os cofres públicos (sem constrangimento algum) em “modestos” R$ 324 mil, incluindo o aluguel de 17 automóveis com motoristas. A justificativa para tamanha farra às expensas públicas viria do chanceler Antonio Patriota (sem trocadilhos), que considerou a incapacidade da embaixada em abrigar a presidenta e seu séquito “por encontrar-se em reformas”.Continue lendo ›