Na garagem do paço municipal, em Maringá, um Hyundai Azera prata ocupa uma vaga com o vistoso adesivo “Volta Requião”, como este acima. Alguns estranham, já que o prefeito é do PP, que por sua vez apoia Beto Richa (PSDB). A questão, porém, é que, para manter a teta no quadro de cargos comissionados da prefeitura, que tanto custa ao contribuinte maringaense, o PMDB local fechou um acordo que premia a infidelidade partidária: apoiará pai e filha do PP para deputado (Ricardo Barros, dono da cidade, e a herdeira Maria Victoria, que ontem pedia votos dentro da Acim). Rico em potássio, o governador tucano observa tudo com a mansidão dos últimos quatro anos em relação ao seu ex-secretário: vê sem poder reagir o marido de sua candidata a vice abrir espaço para a candidatura que mais lhe tira o sono, a do senador Roberto Requião (PMDB). Como sempre, ele pensa somente nele e nos seus.