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Política

“Cuspe na cara do cidadão”

Marcelo Almeida
O deputado federal Marcelo Almeida (PMDB), coordenador da bancada paranaense no Congresso Nacional, revelou-se surpreso com o resultado da votação que manteve o mandato de Natan Donadon (ex-PMDB-RO). Almeida votou pela cassação e classificou como “uma vergonha para a Câmara” a decisão da maioria. Segundo o coordenador, quem votou a favor de Donadon é porque também tem telhado de vidro e se viu no lugar dele. “Foi preservação da espécie, infelizmente. Foram 172 Donadons se olhando no espelho: 131 que votaram contra o relatório e 41 que se abstiveram. O voto secreto era para que ninguém ficasse constrangido em cassar, mas virou escudo dos covardes. Não foi uma resposta ao STF, mas um cuspe na cara do cidadão brasileiro. Acho que não há reforma que reforme a Câmara, pois caráter se forma antes dos sete anos de idade”, protestou. Foto Gazeta do Povo.

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Os deputados federais paranaenses que ajudaram a não cassar o deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO), pois estavam presentes e preferiram ficar em cima do muro, são Angelo Vanhoni (PT), André Zacharow (PMDB), Nelson Padovani (PSC) e Eduardo Sciarrra (PSD). A bancada tem 30 integrantes e 29 estavam presentes à sessão.
Todos os deputados federais por Maringá estavam presentes e votaram (à exceção de Cida Borghetti, PP, que está licenciada). Edmar Arruda (PSC), além de ser favorável à cassação do deputado Natan, fez uso do microfone para declarar em alto e bom som o seu voto.

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E Natan Donadon não foi cassado

O Plenário da Câmara Federal manteve o mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado pelo Supremo Tribunal Federal por crime de peculato e formação de quadrilha. Para ser cassado, eram necessários 257 votos ou mais a favor da perda do mandato. Os favoráveis à cassação somaram apenas 233 votos, contra 131 e 41 abstenções. Apesar do resultado, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (que deu uma interessante entrevista a Josias de Souza), tomou a decisão de afastar o parlamentar, já que Donadon não poderá exercer as atribuições do mandato. Do Paraná, cinco deputados não votaram e indiretamente ajudaram Donadon a se safar da cassação.