Ficou sabendo pela televisão
O delegado de Sarandi, José Maurício Lima Filho, ficou sabendo ontem assistindo televisão que perderá o cargo no ano novo, junto com toda a sua equipe – o “toda”, no caso, são dois investigadores. Sarandi vive um momento de alta criminalidade – 57 mortes para cada grupo de 100 mil, enquanto a ONU preconiza 10 e o governo Beto Richa estabeleceu como tolerável 22/1000 mil. Maringá, para se ter uma idéia, apesar dos 61 homicídios registrados este ano, tem média de 15 mortos para cada grupo de 100 mil. Segundo maior cidade da micro-região, Sarandi vive uma situação medieval na área da segurança, que vai desde o efetivo diminuto das forças policiais até as condições da cadeia. Registra, ainda, um espantoso número de homicídios assumidos por menores, coisa para inglês ver. O governo do estado não faz sua parte para mudar o quadro.
Delegado há 18 anos, Lima solicitou aposentadoria. Dizem os mais próximos que ele ficou abalado com a forma como a mudança aconteceu. O nome de seu substituto deverá ser conhecido amanhã.