sarney

Eleições 2014

O fato e a versão

Programa Eleitoral
Em política, importa mais a versão que o fato. Na televisão, a candidata a vice de Beto Richa (PSDB) aparece como “fundadora do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Mama”, mas a história não é bem assim. Em 2005, deputada estadual, ela foi autora do projeto que criou o Dia Estadual de Luta Contra o Câncer de Mama, a ser comemorado em 27 de novembro; no mesmo ano, seu marido, Ricardo Barros (PP) apresentou o projeto criando o Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama, que virou lei em 2009. Ambos choviam no molhado, pois a data já existia de forma genérica e era comemorada havia 21 anos; o Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado no mesmo 27 de novembro, foi instituído pela portaria nº 707 do Ministério do Saúde, em dezembro de 1988, no governo Sarney. Daí para “fundadora”… O caso lembra a lei que criou a Região Metropolitana de Maringá, de autoria do ex-deputado Joel Coimbra, que foi apropriada pela ex-deputada estadual.

Akino

Sarney mudou para o Amapá

Plenário do SenadoVeja a história que ele conta aqui: José Sarney deixou a presidência da República e foi para a Ilha do Curupu, no  Maranhão. Em abril de 1990, Sarney voltou a São Luís para comemorar seu aniversário de 60 anos. Os amigos Saulo Ramos, Antonio Carlos Magalhães, Roberto Marinho pediram que Sarney retornasse à política. O sonho de se dedicar exclusivamente a literatura foi adiado. O primeiro entrave ao retorno estava dentro do próprio PMDB, que negou legenda a Sarney para concorrer ao Senado pelo Maranhão. Sarney foi sondado a mudar de partido, recebeu convite do PFL, mas decidiu se candidatar pelo Amapá. O ex-território fora elevado à condição de Estado pela Constituição de 1988. Transferiu o título de eleitor para Macapá, habilitando-se a disputar uma das três vagas de senador pelo novo Estado. “Percebi que era preciso voltar. A situação no Maranhão já tinha degringolado e a nacional também merecia atenção. Além disso, eu havia criado um círculo de amigos na presidência que ficaram órfãos. Como o Amapá pertencera ao Maranhão, eu não me senti um estranho lá. (…)”Continue lendo ›

Midia

Os Sarney estão nus – outro horror

De Alberto Dines, no Observatório da Imprensa:
Não se pode dizer que a grande mídia está protegendo o clã Sarney. Mas não parece suficientemente indignada com a apatia dos donatários da capitania diante de tantas denúncias nacionais e internacionais e suas cínicas explicações. A mídia está pisando em ovos, pautando-se pelo grau de intensidade das reações federais, quando o normal seria o contrário: a imprensa pressiona o Executivo, que não tem outra alternativa senão descontar em cima dos governadores relapsos ou seus padrinhos. Leia mais.