Em Paiçandu, Haroldo disputa com liminar

Não é só Maringá que vive, nestas eleições, a chamada insegurança jurídica por causa da contestação de candidaturas a prefeito. Em Paiçandu, o ex-prefeito Haroldo Françoso (PP), da coligação “Pra frente Paiçandu”, disputa o pleito graças a uma liminar do STJ, do ministro Benedito Gonçalves, publicada em agosto último. O Tribunal de Justiça do Paraná foi informado da suspensão dos efeitos da condenação por improbidade administrativa, o que permitiu que obtivesse o registro de sua candidatura. Seu advogado foi o ex-promotor Joel Coimbra. Haroldo Françoso foi condenado em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público quando era vice-prefeito daquela cidade e, junto com ,então chefe do Executivo, Jonas Eraldo Lima, e a então secretária Maria Aparecida Arrias de Lima, distribuiu sete mil bolas à população com os dizeres “Boas Festas Jonas Lima e Haroldo”. Eles foram condenados em primeira instância ao ressarcimento de R$ 4.550,00 aos cofres públicos, suspensão dos direitos políticos por cinco anos, proibição de contratar com o poder público por três anos e multa civil equivalente a duas vezes a quantia relativa à última remuneração percebida por cada um dos réus. O TJ-PR manteve a condenação por improbidade e Françoso ingressou com recurso especial, que não foi admitido e subiu ao STJ. Lá, a dois dias da realização da convenção municipal ele alegou que pretendia concorrer às eleições e obteve medida cautelar para não ter o registro indeferido pela Justiça Eleitoral. Na eventualidade de Françoso vencer as eleições, Paiçandu volta a correr o risco de ter que trocar de prefeito nos próximos meses, quando o recurso especial voltar a ser julgado. Nos últimos anos aquela cidade vive uma turbulência político-administrativa, com a cassação de prefeitos e de vereadores.

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