Na prática, Martini ‘jogou a tolha’
O prefeito de Sarandi, Milton Martini (PP), na prática já jogou a toalha. Ontem, falando a um grupo de correligionários, admitiu que “não deu”, que se sentia traído e que espera voltar ao cargo tempos depois de a câmara municipal cassar seu mandato. A atitude dos seus dois advogados hoje, deixando a sessão de julgamento depois de não terem sido atendidos no pedido de adiamento da reunião por 24 horas, seria um sinal.
Martini estaria particularmente decepcionado com o comportamento dos vereadores Rafael Pszybylsk, o Rafael do Povão (PP), e de João Lara (PSC), que seus aliados até o final de semana e passarama integrar o grupo dos que manifestaram apoio à cassação. Os dois estavam entre os nove que chegaram juntos, hoje pela manhã, ao Legislativo de Sarandi, depois de tererem o final de semana juntos numa chácara da região. Para escapar da cassação, Martini precisaria de quatro votos, algo tido hoje como impossível. O prefeito espera perder o cargo para o vice, Carlos de Paula (PDT), temporariamente; ele entraria com recurso contra a decisão da câmara somente depois que o resultado da votação for oficialmente publicado.