Reserva dizimada

O interventor Manoel Ribas tinha uma propriedade em Munhoz de Mello, na divisa com Astorga. Era um primor a sua fazenda “Felicíssima”, muita reserva de matas virgens, lagoas represadas com água de minas e em volta delas foram plantados milhares de pés de eucalipto. Depois a “Felicíssima” foi vendida para o sr. Alfredo Nyffeler e ai surgiu o ciclo do café, que chegou a ter uma colônia com mais de 150 casas. Outras culturas foram chegando, a mata virgem foi sendo derrubada, mas nos Eeucaliptos, ninguém mexiam e eles estavam colossais e intactos. A fazenda, depois da morte do seu Alfredo (pioneiro de Maringá e diretor da CMNP e que em cuja casa vivia, na Brasil, pertinho das Pernambucanas, foi “doada” por ele, em vida, para se transformar no Museu da Bacia do Paraná), foi vendida para o sr.Amaury Keide, de Astorga, que vem zelando muito bem da propriedade, no tocante a sede, pois os cafezais que se perdiam nos horizontes foram ao chão, juntamente com as casas dos colonos, que simplesmente desapareceram debaixo de enormes canaviais. E os eucaliptos ? – os da entrada da fazenda foram todos serrados, recentemente. Agora os que cercam a sede  já vão começar a ser cortados e idem todas as centenas de eucaliptos de margeiam a “Gruta de Nossa Senhora Aparecida”, que já estão com os dias contados. Não se sabe se a tal “Força Verde”, ou o pessoal do Ibama ou do IAP apareceram ou vão aparecer por lá. Daqui uns dias, pelo visto, vão desaparecer os mananciais e as lagoas do interventor Manoel Ribas.