Caso Aeroservice está no TJ-PR

Um dos maiores escândalos da história político-administrativa de Maringá está no Tribunal de Justiça do Paraná desde outubro do ano passado. No TJ encontra-se o recurso do deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP), de seus ex-assessores/ex-secretários Ademar Schiavone, Julio Cesar Pallone e Luiz Turchiari Junior e da Aeroservice Consultoria de Engenharia e Projetos S/C, conhecida financiadora de campanha do ex-prefeito. Eles foram condenados, em outubro de 2008, porque pagaram a consultoria com recursos públicos, no final de 92, por serviços não realizados para a construção do Hospital Metropolitano (hoje, Municipal). Além das penas relativas à improbidade administrativa, todos foram condenados solidariamente à devolução aos cofres públicos de Cr$ 465.788.130,00, mais correção monetária e juros. O caso foi marcante na política local: Barros preferiu a empresa que não realizou serviços ao invés de pagar o funcionalismo público, o que o levou a ser acuado pelos funcionários e a deixar o paço municipal por uma janela. Confira a sentença.

A Procuradoria Geral de Justiça deu parecer pelo desprovimento do recurso e no último dia 25 os apelantes protocolizaram documentos informando que a obra foi concluída e o caso voltou para a PGJ. O relator é o desembargador Rosene Arão de Cristo Pereira e o revisor, o desembargador Leonel Cunha. Não se sabe se as informações incluem que o local e o projeto eram outros. O HM esteve “congelado” na gestão Said Ferreira e foi retomada, com recursos federais, na gestão Gianoto – que, inicialmente, era contra o projeto e foi, digamos, bem convencido do contrário. O superfaturamento da obra levou o governo federal, na gestão Itamar Franco, a suspender a construção de todos os hospitais feitos com recursos federais em todo o país.