A ONG camarada do Executivo

O médico Heine Macieira (PP), que no ano passado “peitou” a entidade, foi o único vereador presente numa coletiva promovida ontem pelo Observatório Social. Cá entre nós, foi muito por parte do Legislativo. O OSM vem se firmando como um anexo da administração municipal, uma secretaria informal, um bom parceiro que guarnece as costas do Executivo. Daqui a dois meses vai fazer um ano que a entidade descobriu um esquemão envolvendo lavagem de automóveis (da Secretaria de Educação, pra variar, já que ultimamente a maioria das denúncias de mau uso de dinheiro do maringaense vem de lá) e não a tornou pública; não se tem conhecimento de que tenha entregue o levantamento às autoridades competentes para a devida penalização dos responsáveis. Neste espaço já divulguei, sem nenhum desmentido, que pelo menos uma voluntária da ONG numa licitação atuou como observadora e na outra como representante de uma grande rede de supermercados da cidade. Isso, infelizmente, é o que consegue chegar ao conhecimento público.

Há alguns meses um representante comercial que participou de licitação na Prefeitura de Maringá contou que recebeu uma proposta de uma pessoa que se disse autorizada pelo Observatório Social e que “recomendou” que ela desistisse da concorrência (de gêneros alimentícios, por sinal). O homem chegou a pensar em denunciar, pois seu preço era mais competitivo, assuntou, mas depois desistiu; achou o “esquema” muito forte e preferiu sair da licitação e ficar quieto.