Uma história de misericórdia
Fiquei indignada com um fato ocorrido neste sábado em um hospital que se diz de “misericórdia” em Maringá. Uma paciente do Hospital do Câncer, que reside em Jandaia do Sul, foi encaminhada até esta “casa santa” para fazer radiologia. Ela foi liberada depois de um dia inteiro de tratamento, sem comer nada. Faminta, a mulher pediu que lhe servissem um pratinho de sopa, e pasmem com a resposta das enfermeiras: “Você não é nossa paciente, por isso não podemos serví-la. Caso contrário poderemos ser demitidas. Vá até o Hospital do Câncer que eles te servirão algum alimento”. Ocorre que era noite, a mulher estava sozinha, toda riscada (em função da radiologia), sem dinheiro para se deslocar até lá. Então a mulher se dirigiu à saída, quando passou pela recepção do hospital pediu aos funcionários que lhe arrumassem o dinheiro para pagar a circular até o HC. Aí completou-se a crueldade: “vá caminhando pela rua Santos Dumont até chegar à av. Laguna, vire à direita e siga reto pela Perimetral, que depois de muito caminhar a senhora chega lá”. Então a mulher, sem solução, saiu caminhando e rezando. Quando já na av. Laguna avistou duas moças já fechando um salão de cabeleireiros, ali sim ela encontrou misericórdia. Contou o ocorrido, se alimentou, foi levada de carro até o terminal e recebeu o dinheiro para ir direto para Jandaia do Sul. Veja que a gente pode encontrar compaixão nos lugares mais inesperados, já na Santa Casa de Misericórdia…
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