Lei de Beto Richa pode deixar Barros sem cargo
A informação, da assessoria do governador eleito Beto Richa, de que o futuro procurador geral do Estado, Ivan Bonilha, irá elaborar projeto de lei que será submetido à aprovação da Assembleia Legislativa para impedir a nomeação, em cargos públicos do Paraná, de pessoas condenadas por crimes contra a administração pública, é um chute na canela de alguns que aguardam ocupar cargos na administração estadual. A proposta deve ser uma das primeiras a ser encaminhada aos deputados estaduais, a partir de 15 de fevereiro de 2011, quando começa o próximo período legislativo.
Traduzindo em miúdos: dificilmente o deputado federal Ricardo Barros assumirá cargo na gestão Beto Richa; se for, certamente não vai esquentar cadeira. Ele tem condenações em primeira, segunda e terceira instâncias por improbidade administrativa, e na fila de julgamentos do Tribunal de Justiça está uma que sofreu, da 4ª Vara Cível, por conta do zumbi Hospital Metropolitano, quando pagou uma empresa de consultoria sem que esta tenha realizado os serviços, ao invés de pagar o funcionalismo. Foi isso que gerou famosa cena da política maringaense, em que Barros encerrou sua passagem de quatro anos pela prefeitura saindo pela janela do paço municipal. O MP deu parecer pela manutenção da sentença, que prevê a devolução de dinheiro aos cofres públicos.