Os ex-delegados de polícia de Jandaia do Sul, Gustavo Tucci Nogueira, e de Marialva, Elza da Silva, foram beneficiados hoje à tarde com liminar do juiz substituto Márcio José Tokars, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, que determinou a soltura dos dois, presos na operação realizada este mês pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá e de Londrina, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Apucarana. Segundo a investigação, ambos recebiam propina do jogo do bicho. O habeas corpus foi concedido depois que o juízo da comarca de Jandaia do Sul indeferiu a revogação da prisão preventiva. O advogado, Edson Vieira Abdala, alegou que a manutenção da prisão configurava constrangimento ilegal, “pois se funda em argumentos abstratos, pois sequer existe denúncia contra os pacientes, são apenas investigados.” Ao conceder o HC, o juiz substituto em segundo grau assinalou que ambos “são indivíduos publicamente conhecidos pela população, servidores públicos, portanto não creio na possibilidade de evasão, nem que tentativa de obstrução da justiça, já que seria muito mais prejudicial à imagem dos pacientes, até porque, já foi realizada busca e apreensão na residência e escritório dos pacientes, recolhidas todas as possíveis provas, não existe mais perigo de serem omitidas e destruídas provas importantes na investigação. Também vale a pena ressaltar que sequer houve denúncia contra os pacientes, eles apenas se encontram sob investigação pela Gaeco, para apurar eventuais participações, que sequer foram individualizadas.”
Depois do alvará de soltura, os dois servidores da Polícia Civil do Paraná devem ficar interinamente lotados na secretaria executiva da PC, até o final das investigações.