Beija-mão

O beija-mão foi um ritual tradicional na monarquia. Na época de dom João VI (e depois, com dom Pedro II), as portas do palácio eram abertas uma vez por semana para que algumas pessoas pudessem demonstrar-lhes submissão e, claro, pedir favores. O costume  arraigou-se também na política brasileira, especialmente a coronelista. Em Maringá, o ritual acontece na avenida Prudente de Morais, no escritório político de um ex-deputado federal que, apesar dos múltiplos processos e da falta de um mandato eletivo, tenta manter o controle total da situação política local. Participam do beija-mão áulicos assalariados, empresários, vereadores (até um, quem diria, que quase cassou seu mandato de prefeito nos anos 90), pretensos candidatos e políticos sem muito sucesso. O beija-mão, como se viu na obra de Mário Puzzo, é uma tradição dos mais fortes sobre os mais fracos.