Empresário que matou porteiro já havia agredido outro, em 96


O empresário Marcelo Cruz Maiolino, 47, que matou a tiros no último sábado Lionil Gabriel Gomes, 48, porteiro do Edifício Cristóvão Colombo, em Maringá, já havia agredido um outro porteiro em 1996; ele foi condenado civilmente a indenizar a vítima, mas não chegou a cumprir toda a sentença. Na área criminal, a ação foi arquivada em 2006, por extinção de punibilidade. O agredido, Adir Rosa de Souza, hoje com 63 anos, ficou com sequelas; seu rosto quebrou em três lugares e ele passou a ter problemas de saúde que o impediram de trabalhar por cerca de 10 anos. Adir deveria receber meio salário mínimo mensal, como indenização, segundo decisão da 6ª Vara Cível; Marcelo entregou um carro Gol como parte de um acordo, firmado há cerca de seis meses.
Na época, Adir Rosa de Souza era porteiro do Residencial Torres do Imperador, na rua Duartina, Zona 21, região da avenida Mandacaru. A agressão deu-se por motivo fútil: Marcelo, morador do prédio, perguntou se havia correspondências; ao ouvir a negativa, duvidou. “Pode olhar”, teria dito o porteiro, que em seguida foi surpreendido pelas costas; o empresário o agarrou pelo pescoço e desferiu vários socos, que provocaram fraturas. Um outro funcionário do edifício, ao ver a cena, pegou um cabo de vassoura e bateu em Marcelo, até que ele largasse Adir. Em seguida, o empresário foi à delegacia de polícia, que fica nas proximidades, e registrou queixa, dizendo ter sido agredido pelo porteiro. Posteriormente, porém, a verdade se estabeleceu e ações foram ajuizadas.