“Governador sem palavra”

Na convocação para a assembleia marcada para amanhã às 15h, no Dacese, na UEM, em Maringá, o Sesduem classifica Beto Richa de “governador sem palavra”. “Governo Richa não cumpre seu compromisso. Depois de anunciar a equiparação dos salários docentes ao piso dos técnicos de nível superior das universidades estaduais em três anos, governo tucano do Paraná volta atrás e não cumpre acordo”, diz o texto, que relata:
“No dia 11 de novembro de 2011, os secretários de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, e de Administração e Previdência, Luiz Sebastiani, em nome do governador, prometeram encaminhar, ainda em 2011 à Assembleia Legislativa o projeto para conceder um reajuste de 31,73%, dividido em três parcelas de 9,62% ao ano, além de correção anual da inflação acumulada. Mas, no dia 3 de fevereiro de 2012, o secretário Alípio Leal anunciou que o processo de equiparação estava encerrado, pois o governo não teria como arcar com os custos do aumento. O anúncio foi feito aos representantes dos sindicatos. Os reitores nem foram chamados para essa reunião. Nessa reunião esteve presente o deputado estadual Marcelo Rangel do PPS e da base do governo Beto Richa, que havia participado da reunião de novembro de 2011.
O secretário da Seti, Alípio Leal, diz que essa decisão foi tomada em reunião de 2 de fevereiro de 2012 com a participação dos secretários de Estado: Ensino Superior, Administração, Planejamento e Fazenda, além do vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns. Na reunião, cabe destaque ao secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, o encarregado de negar a equiparação. O processo burocrático de equiparação salarial durou 200 dias, com quatro secretarias envolvidas e com o parecer favorável de três delas. A quarta secretaria, a da Fazenda, sequer deu um parecer. Devolveu o processo à Seti em branco. Nós, docentes das IEES, fomos sumariamente, postos à berlinda. Fomos desrespeitados. É importante lembrar que foi do governo a iniciativa de equiparação em três parcelas, assim como a forma de repor as perdas.
No dia 3 de fevereiro de 2012, as seções sindicais do Andes, Paraná, fizeram uma reunião, na qual se acordou indicativo de paralisação para o dia 7 de março de 2012, a ser submetido às assembleias docentes. Os sindicatos mistos também serão chamados a integrar este dia de protesto. A paralisação no dia 7 de março é um apenas o começo de nossas respostas ao governo Richa”.