Delegado cassou alvarás

Vereador, zona
O ex-vereador João Scramim mostra jornais que retrataram a polêmica causada pelo fim da zona

O então vereador João Waldecir Scramim, hoje com 71 anos, não foi o responsável pelo fim da zona de prostituição da Vila Marumby. Natural do interior do Estado de São Paulo, ele chegou a Maringá em 1951. Entre 1973 e 1976 foi vereador pela Arena.
Ele diz que a zona de prostituição impedia o crescimento da cidade pelo lado do cemitério e Avenida Cerro Azul. Maringá só crescia em direção ao Jardim Alvorada e à Vila Morangueira. Incentivado por moradores, apresentou um projeto de lei na Câmara propondo o fim da zona de meretrício na Vila Marumby. A proposta causou polêmica. Scramim foi acusado de estar a serviço de imobiliárias interessadas em lotear o local. Antes que o projeto de lei fosse votado, o então delegado Renato Souza Lobo cassou os alvarás dos bares e boates existentes na Vila Marumby.
Para ele, o delegado agiu porque o assunto gerou polêmica. “Jornais e rádios da cidade e região não falavam em outra coisa”, afirma. Scramim acrescenta que na década de 70, a zona de prostituição havia se transformado. “O tráfico de drogas havia chegado a Maringá, e aquela região se tornou muito violenta por causa dos bandidos que lá se escondiam”.
Jornais da época afirmam que o então prefeito Silvio Barros estudava novo local para abrigar a zona de prostituição, mas a idéia não foi avante. O jornal Folha de Londrina publicou que o local “seria cercado por muro e teria plantão policial para evitar sua transformação em antro de marginais”.