Campo Majoritário defende aliança


Integrantes da corrente Campo Majoritário do PT de Curitiba decidiram ontem, 31, em plenária defender uma aliança na disputa à prefeitura da capital este ano. Construindo um Novo Brasil (CNB), Movimento PT e Mais PT querem estabelecer uma política de alianças que seja pautada em um projeto municipal includente, que faça a distribuição de renda e de oportunidades entre a população e, até por isso, opositor ao do grupo que governa Curitiba há três décadas. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, os deputados federais Ângelo Vanhoni e André Vargas, o deputado estadual Toninho Wandscheer, o prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, os vereadores de Curitiba, Pedro Paulo Costa e Jonny Stica, o presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, e a presidenta do diretório municipal do partido, Roseli Isidoro, todos expressões do CM, foram unânimes em argumentar que o momento é favorável para se construir a vitória e fortalecer a legenda diante do eleitorado curitibano, que sente a necessidade de renovação. “Tenho plena convicção de que, ajudando a administrar esta cidade, vamos mudar essa forma de governar de costas para o povo que se instalou em Curitiba há cerca de 30 anos”, disse Roseli. “A aliança que defendemos é uma união de forças que incomoda. Estamos diante de um momento histórico para o PT de Curitiba e temos chances reais de crescimento e de sairmos fortalecidos com a política de alianças”, disse Stica, que é líder da bancada de oposição na Câmara Municipal. Pedro Paulo, por sua vez, aponta a falta de políticas sociais e estruturais de fundo como agravante do quadro de desigualdades e da escalada da violência. “Podemos fazer uma verdadeira revolução no combate à drogadição, pois temos meios, experiências e contamos com o suporte dos programas do governo federal”, disse Pedro Paulo. “A população precisa que a gente assuma esse compromisso. Estamos mudando o Brasil, em parceria com os partidos aliados do nosso governo, e Curitiba precisa fazer parte dessa transformação”, completou.
O deputado federal André Vargas, que defende uma composição forte com o candidato do PDT, Gustavo Fruet, falou do embate que se desenha para as eleições municipais deste ano: “a aliança com o PDT de Gustavo Fruet nos torna mais competitivos para enfrentar a ‘máquina de moer gente’”. O deputado Vanhoni, que disputou as eleições de Curitiba como o candidato majoritário por duas vezes, chamou os petistas à responsabilidade não só para com a defesa do projeto nacional do partido, mas especialmente para com a melhoria de vida do povo curitibano, carente de poder de decisão e de políticas inclusivas. “Vamos abrir mão de colocar em prática um projeto de governo que invista nos bairros e que dialogue com os movimentos sociais? Um projeto que não tem compromisso com o grupo que governa a cidade há décadas e que quer administrar Curitiba sintonizado com as diretrizes do governo da presidenta Dilma? Não podemos abrir mão disso. O PDT é um partido parceiro da construção desse novo Brasil”, ponderou. Vanhoni também se preocupa com a reunificação das forças internas do PT. “Vamos reconstruir a unidade entre nós e seguir em frente. O PT é assim. Por isso é que Lula governou oito anos, que Dilma é hoje presidente, Gustavo vai ser prefeito e Gleisi será governadora!”, disse Vanhoni.
O ministro Paulo Bernardo explanou sobre as conquistas do povo brasileiro nos últimos nove anos e sobre o saldo positivo da política externa dos governos Lula e Dilma; pontuou as principais pastas da União que são coordenadas por lideranças do partido e os programas e ações, bem como seus resultados, que estão sob o comando do PT no governo federal. “É sobre esse quadro que temos de pensar quando estamos reunidos aqui, traçando planos e fazendo avaliações”, argumentou. Por volta das 20h40 de sábado, um grupo de militantes do campo majoritário do PT de Curitiba registrou a chapa “Uma aliança para mudar Curitiba com você”, composta por 1.283 membros.