De vilão a herói

O presidente do PMDB maringaense, Umberto Crispim, hoje um dos mais entusiasmados peões da organização partidária liderada por Ricardo Barros, tem um coração de ouro. Ao elevar o (ainda) capo à condição de herói, em seu discurso para levantar o moral da tropa, apagou de seu perfil as agressões sofridas pelo hoje superior hierárquico político. Há alguns anos, quando o PMDB tinha na defesa dos preceitos democráticos sua grande virtude, Crispim foi vítima de grampo telefônico ilegal, perpretado a mando de Ricardo Barros. Além dele, foram grampeados os telefones do promotor Cruz, do deputado federal Odílio Balbinotti, do então chefe de gabinete Reginaldo Dias e deste modesto blogueiro, então no jornal Hoje. Quis o destino que o ex-prefeito fosse notícia nacional justamente falando ao fio do telefone.