Parque industrial: prefeitura pede suspensão por falta de dinheiro
Parece ter se confirmado ontem uma informação que o blog havia recebido durante a semana: a de que o Parque Industrial Cidade de Maringá não está “virando”. Além da falta de licenciamento ambiental e da suspeita de direcionamento nas desapropriações, beneficiando o irmão mais novo do prefeito Silvio Barros II (PP), o preço dos lotes estaria afastando eventuais interessados, alguns dos quais contatados por candidatos a vereador pela coligação “A mudança continua”, que apoia o vice-prefeito Carlos Roberto Pupin – não por coincidência quem assinou as desapropriações na maior de suas várias interinidades.
Ontem, o procurador municipal Giovani Brancaglião de Jesus peticionou à 7ª Vara Cível de Maringá requerendo a suspensão de dois processos de desapropriação por 30 dias, alegando falta de dotação orçamentária. A prefeitura não estaria conseguindo arrecadar o dinheiro que esperava com a venda antecipada dos lotes para os empresários. Cerca de R$ 15 milhões teriam sido gastos nas desapropriações.Toda a aura de suspeitas, que se tornou investigação no Ministério Público, e o preço por metro quadrado estão fazendo o milionário empreendimento se tornar um grande mico. Há alguns dias uma licitação de R$ 28 milhões foi vencida pela Construtora Sanches Tripoloni para dar infraestrutura ao empreendimento, mas isso também está ligado ao sucesso da vendas ou reservas dos terrenos. Os laudos prévios foram realizados por um perito de Santa Catarina, contratado pela prefeitura. Todo o processo, como se percebe nesta gravação entre o irmão do prefeito e o principal secretário da administração, Leopoldo Fiewski, foi idealizado por Ricardo Barros.