Mais que o ministro do TSE

Em entrevista a Ronaldo Nezo, que também disse não acreditar na reversão da decisão monocrática do ministro Marco Aurélio, o jornalista e advogado Milton Ravagnani afirmou que o TSE já decidiu sobre o caso Pupin. Disse ele: “A ministra Cármen Lúcia quer que todos os casos sejam julgados até o dia 17 de dezembro, mas o caso Pupin já foi julgado, com a decisão do ministro Marco Aurélio. O que existe é um recurso, que sabe-se lá quando será julgado”.
Meu comentário: Caro Milton, com todo respeito, você (permita-me a intimidade), quer saber mais que o ministro Marco Aurélio. Ele disse, quando do julgamento do caso Guarapari, que o caso de Maringá não está definido. Foi provocado pelo advogado, que citou o caso como se fosse jurisprudência de que seria diferente sucessão de substituição. Só para recordar, o ministro pediu vista em mesa e no final da sessão acompanhou o relator. Portanto, meu caro, não está definido, tanto que, em outro julgamento, deu mãos à palmatoria e admitiu que sucessão e substituição têm o mesmo sentido perante a lei eleitoral. Você insiste em dizer que 2008 ficou para trás, morreu. Não é verdade.Em 2008, Pupin disputou, o cargo, agregado a Silvio II. Tanto é verdade que vale 2008, que o prefeito não poderia ser candidato a vice, pois estaria caraterizando o terceiro mandato seguido. Pupin não poderia ser vice, pois seria o terceiro mandato seguido. Exerceu o cargo de prefeito nos dois períodos. Será terceiro mandato, sem dúvida, se seu registro for confirmado. Um exemplo de exercício do mandato, no período de 2005 a 2008, é que Ricardo queria que ele assinasse a demissão dos servidores envolvidos na greve (lembram disso?). Ora só o prefeito, no pleno exercício do mandato, pode demitir servidores. Qualquer decisão diferente, que não seja a impugnação do registro, será por meios suspeitos. Prefiro não acreditar, mas fala-se em dinheiro grande. Difícil imaginar que 4 ministros sejam comprados. Acredito na integridade de todos os ministros do TSE. Mas…, em se tratando de certos políticos de Maringá, nada pode ser descartado.
Akino Maringá, colaborador