Um exemplo de desprendimento
Li na coluna do Ragnani e reproduzo: “Carlos Roberto Pupin (PP) convidou para assumir a comunicação do governo dele. Conversamos muito, mas muito mesmo, para que ele justificasse o convite e, óbvio, detalhasse os objetivos. Foi uma conversa longa e esclarecedora sobre a entrada definitiva dele na política como candidato, há oito anos, e, agora, na disputa pela majoritária nas eleições passadas. Pupin não é um orador de arrastar as multidões e não tem pretensão de ser um novo Juan Domingo Perón. Sabe, todavia, que precisa comunicar direito com a sociedade e vê problemas na estrutura de comunicação atual. Quer mais agilidade, mais transparência e mais precisão no oferecimento da informação ao público. Elencados os motivos dele, aceitei o convite. Não que seja lá o meu sonho de consumo ou projeto de carreira. Na vida privada, vivo melhor. Não tenho desejos de poder, nem de fama. Aliás, já tenho exposição demasiada na carreira que abracei e, contra a expectativa de muita gente que gosta de um holofote, essas famosidades não me pegam. Dos meus pecados, a vaidade é o menor. Mas, entendo as angústias do novo governante e reconheço nele um homem de bem que não está na política para se apropriar dela. Pupin não precisa, já é um homem rico. Está por crenças pessoais e aquele desejo de realização que Maslow define no quinto andar da sua pirâmide. É justo.
Meu comentário (Akino): Este é um exemplo de desprendimento. Milton deixou a tranquilidade da vida privada para servir a Pupin. Emocionei-me com as suas palavras, ao ler que pediu para que Pupin justificasse o convite e detalhasse os objetivos. Pensei na maldade daqueles que falam que quem o convidou foi Ricardo Barros. Novamente me emocionei ao saber que Pupin não está na política para se apropriar dela, já que é um homem rico. Pensei em alguém que também é rico só trabalhando na política. Realmente os R$ 10,6 mil de salários pouco importam para Milton, tenho certeza. Ele só será secretário por amor ao próximo, no caso Pupin, que por seu turno ama a todos nós os contribuintes maringaenses e só nos quer fazer o bem. Desculpem, estou nos olhos marejados e lágrimas teimosas começam a correr pelo meu rosto.
Akino Maringá, colaborador