Ele está frio, não dá nada…
Um leitor desaviado pode até imaginar que o ocorrido hoje possa resultar numa denúncia e eventual multa por campanha eleitoral antecipada. Mas, esqueça: estamos em Maringá. Em 2006, quando candidato à reeleição, na Operação Campo Fértil, desencadeada pela Polícia Federal para apurar fraude no pagamento irregular de aposentadorias na região, pelo INSS, e culminou com a prisão de 21 pessoas, apareceu o nome de Ricardo Barros no topo do organograma feito pela PF. Ele teria recebido mais de duas centenas de milhares de reais não declarados para sua campanha, entregues por um ex-vice-prefeito de Cianorte, empresário do setor de combustíveis. Até hoje o MPE não questionou o valor não declarado. Da mesma forma, RB e sua mulher, Cida, foram flagrados numa gravação feita num prédio público numa cidade da região, o que é proibido pela legislação eleitoral; quando a denúncia iria ser julgada, coincidentemente em época em que era relator do projeto que reajustava salários de juízes e promotores, o MPE desistiu do caso, que foi sepultado. Mais recentemente, Cida não foi incomodada por apresentar doação à sua campanha de entidades sem fins lucrativos, que a lei também proíbe.