Moções de repúdio na Conferência de Promoção da Igualdade Racial

A III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, realizada nas últimas quitna e sexta-feiras em Curitiba, aprovaram duas moções de repúdio apresentadas pela delegada Maria da Conceição Franco, de Maringá. Uma repudiou o adiamento do próprio evento, que deveria ter ocorrido na sexta e sábado anteriores, “impedindo e inviabilizando, com isso, a vinda de muitos trabalhadores e trabalhadoras negros (as), que têm um histórico de luta e práticas de combate ao racismo, que poderiam em muito contribuir para esta Conferência pelas suas experiências de vida e envolvimento nos movimentos sSociais pela igualdade racial no Brasil”. A outra moção, assinada por unanimidade, repudia “atitudes racistas feitas por médicos (as) e à jornalista Micheline Borges, de maneira coletiva ou individual, durante a chegada de médicos (as) cubanos (as) que vieram ao Brasil em apoio ao povo brasileiro, para ocuparem vagas em lugares longínquos e onde os médicos brasileiros não têm interesse em trabalhar. Consideramos que as palavras proferidas como “escravos”, incompetentes”, “vieram em aviões negreiros”, “voltem para a senzala” e “tem cara de empregada doméstica e não de médica”, não são mais do que falas racistas, proferidas de maneira raivosa e preconceituosa, contra o nosso povo negro que muito contribuiu e contribui para a transformação econômica, política, sócio-cultural, da democracia e cidadania de nosso país”.