Sete de setembro

Cônego Benedito Vieira Telles

Data magna da liberdade
deste solo varonil,
Dom Pedro, na mocidade,
seu grito ouve em plagas mil!

A voz soou no Ipiranga,
retumbando nas campinas,
as aves voaram piando
sobre as águas cristalinas.

A coorte imperial cavalga
em ginetes alazões,
alvíssaras se propagam
num frêmito às gerações.

Foi o eco de Inconfidentes
nascido em Minhas Gerais,
liberdade, inda tardia
ecoou nas capitais.

Pendão da felicidade
no Ipiranga tremulou,
o grito da liberdade
na alma da Pátria ecoou.

Dom Pedro I austero,
vibrando a espada da sorte
à legião imperial grita:
Independência ou a Morte!

No altar pátrio, a pira acesa,
jaz o herói da liberdade.
Durma o sonho imortal, Pedro,
tido na áurea mocidade!

Pátria nascida de heróis
em mil vergéis da esperança,
vidas de escol foram sóis,
que iluminam o chão criança.

Aos centenários grilhões,
adeus, peias seculares!
O império dos corações
extinguiu-se em nossos lares.

Indômitos brasileiros,
que à Pátria livre lutaram,
heróis deste chão fagueiro,
que as fronteiras alargaram.

Com sangue mártir banharam
o chão verde sob o azul,
e a bandeira livre alçaram
do Norte aos pagos do Sul!

De ontem, de hoje, brasileiros,
desta terra verde anil,
amém a Pátria, altaneiros,
o grande torrão, Brasil!

Maringá- PR, 7 de setembro de 2013

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