Cônego Benedito Vieira Telles
Data magna da liberdade
deste solo varonil,
Dom Pedro, na mocidade,
seu grito ouve em plagas mil!
A voz soou no Ipiranga,
retumbando nas campinas,
as aves voaram piando
sobre as águas cristalinas.
A coorte imperial cavalga
em ginetes alazões,
alvíssaras se propagam
num frêmito às gerações.
Foi o eco de Inconfidentes
nascido em Minhas Gerais,
liberdade, inda tardia
ecoou nas capitais.
Pendão da felicidade
no Ipiranga tremulou,
o grito da liberdade
na alma da Pátria ecoou.
Dom Pedro I austero,
vibrando a espada da sorte
à legião imperial grita:
Independência ou a Morte!
No altar pátrio, a pira acesa,
jaz o herói da liberdade.
Durma o sonho imortal, Pedro,
tido na áurea mocidade!
Pátria nascida de heróis
em mil vergéis da esperança,
vidas de escol foram sóis,
que iluminam o chão criança.
Aos centenários grilhões,
adeus, peias seculares!
O império dos corações
extinguiu-se em nossos lares.
Indômitos brasileiros,
que à Pátria livre lutaram,
heróis deste chão fagueiro,
que as fronteiras alargaram.
Com sangue mártir banharam
o chão verde sob o azul,
e a bandeira livre alçaram
do Norte aos pagos do Sul!
De ontem, de hoje, brasileiros,
desta terra verde anil,
amém a Pátria, altaneiros,
o grande torrão, Brasil!
Maringá- PR, 7 de setembro de 2013
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