Quem gaba o toco é a coruja II
Prossigo na análise da postagem elogiosa, do secretário Ravagnani à administração Barros/Pupin. Escreveu ele: “Depois da catastrófica administração de Jairo Gianotto e o escândalo de desvios de recursos públicos na cidade protagonizado pelo falecido secretário de Fazenda Luiz Antônio Paolichi, as estruturas de controle social se fortaleceram e se aprimoraram. Não que não existissem, mas ganharam maior fôlego e musculatura. A importância de instituições como o Codem e a própria Associação Comercial que se reinventaram a partir daquele episódio, são evidentes. E novas estruturas, como o Observatório Social, nascido do movimento Sociedade Eticamente Responsável, aproximaram a comunidade do controle da coisa pública.
Mas foi só a partir de 2006, quando a administração municipal optou por priorizar os segmentos da saúde e educação que a virada de fato foi possível. Investindo sempre acima do que a Constituição determina, a cidade experimentou uma mudança de panorama nos dois setores. A qualidade dos serviços melhoraram consideravelmente e o cidadão pode optar em utilizar o serviço público em vez de investir no sistema privado. Até então, a diferença na qualidade dos dois serviços era gritante. Hoje, escolas municipais do ensino fundamental e os Cmeis (os Centros Municipais de Educação Infantil) oferecem serviços tão bons (em alguns casos, melhores) que o que a iniciativa privada oferece. E na saúde pública, que era o caos absoluto, hoje apresenta índices de resolutibilidade semelhantes aos oferecidos pelos planos de saúde. Embora a percepção ainda é de que a saúde vai mal, reflexo de uma longa jornada de descasos, incapacidade de atendimento e falta de recursos, quem utiliza os serviços públicos de saúde do município os aprova numa razão maior do que quem utiliza os serviços da rede privada.
Meu comentário (Akino): Quer dizer que saúde e educação em Maringá estão uma maravilha? Os serviços são melhores que os da iniciativa privada? Beleza! O que acha você, leitor? Talvez o secretário tenha convencido Enio Verri que é melhor deixar Pupin como prefeito (mandando como a rainha da Inglaterra), embora com candidatura ilegal. O medo do PT, de ser acusado de deixar a cidade no vermelho, explica o inexplicável, o jogar a toalha num processo que ainda pode ser ganho.
Akino Maringá, colaborador
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