Leitor que levou o neto ontem ao Circo Vostok, que utiliza espaço de estacionamento público no Novo Centro, em Maringá, conta o que aconteceu: “Ao chegar ao local estranhei o pequeno número de veículos no estacionamento, onde o circo está montado e chegamos temer pelo cancelamento do espetáculo da noite pela pouca presença de público. A surpresa foi enorme quando, procurando entrar no espaço do estacionamento, fomos parados por funcionários do circo que vieram nos informar que o estacionamento naquele espaço teria que ser pago. Estranho isso, primeiro a prefeitura da cidade assina patrocínio ou apoio que seja do circo, sob a afirmação do apoio à estada do espetáculo internacional na cidade (penso que, de alguma forma, nosso rico dinheirinho, a exemplo de outros eventos como festival de balões e feira de aviões, está sendo empregado por ali). Imagino que, para estar ocupando um espaço criado para aliviar a questão das vagas cada vez mais raras de estacionamento no centro da cidade, o circo deve estar pagando alguma taxa (será que só o ISSQN?), ou pode ser esse o “apoio” que a prefeitura dá ao circo. Quem pode responder?”.
O leitor, que viveu grande parte de sua vida no show business e tem o maior carinho por todo o tipo de arte, pergunta: “Pode o empreendimento “cobrar” estacionamento em local público, que imagino ser esta a condição daquele espaço. Ou estou enganado? Não seria o caso do Ministério Público dar uma olhada nesta prática? Tudo bem que isso ajuda a engordar o combalido caixa do circo que, pelo menos na noite desta quarta feira, não foi lá essas coisas, na verdade enquanto público, decepcionante para um bom espetáculo para aqueles que se dispuseram a ir até lá. Verdade que o Vostok já foi melhor, bem melhor, mas mantém a tradição e os palhaços nem estão tristes, solitários ou bobos como diz o Zeca Baleiro em sua canção. Por favor, estou tão errado assim? Não são os R$ 5, R$ 10, R$ 15 ou sei lá quanto estão cobrando pelo estacionamento, fui estacionar na [avenida] João Paulino do outro lado onde tinha vagas em abundância, pois não é porque tinha que pagar o estacionamento que decepcionaria o neto, a filha e com certeza, a mim próprio. Por favor me ajude. Estou enganado? Se não por favor MP ajude nossos cidadãos a serem respeitados.”