STJ: grupo político de Maringá comemora decisão de julgamento que ainda não ocorreu


Como no caso Pupin, em que Ricardo Barros sabia antecipadamente a decisão dos ministros do TSE em favor de seu pupilo, circula nos bastidores políticos de Maringá que o ex-prefeito Silvio Barros II (PHS), condenado em segunda instância por improbidade administrativa no caso da nomeação irregular de cargos comissionados, estaria a um passo de ser beneficiado pelo STJ; SB II deixaria a situação de ficha suja. O resultado do julgamento que ainda não ocorreu já está sendo comemorado pelo grupo político do dono de Maringá. A justificativa para o revertério, que aconteceria ainda esta semana: teria ocorrido vício no processo. Ainda segundo a boataria que vem de um escritório da avenida Prudente de Morais, a mudança teria os dedos da senadora Gleisi Hoffmann (PT), que gostaria de vê-lo como seu candidato a vice. Um dos advogados de SB II é Gabriela Rollemberg, filha de um ex-ministro do governo Lula, e que também atuou no caso de Pupin no TSE, que confirmou sua candidatura apesar de não ter se desincompatibilizado do cargo de vice.Em fevereiro de 2012 o ministro Francisco Falcão negou recurso, decisão reconsiderada em dezembro passado pelo ministro Ari Pargendler, da Primeira Turma do STJ. Desde o último dia 30 os autos estão conclusos para Pargendler decidir sobre o recurso especial. Silvio Barros II foi condenado em 2010 à perda dos direitos políticos por cinco anos, além de pagamento de multa (cerca de R$ 250 mil) e a ressarcir os cofres públicos por ter feito nomeação ilegal de três apadrinhados políticos (valor não calculado). Em julho, a ministra Rosa Weber, do STF, negou habeas corpus a SB II (acima). Mesmo que, a exemplo do que aconteceu no TSE, a justiça brasileira surpreenda novamente e transforme um ficha suja em ficha limpa, o fratello mais velho tem outras ações com que se preocupar, o que deve inviabilizar uma candidatura nas próximas eleições.