Sem limites para desejos

ricardobarrosA definição dos vices de Gleisi Hoffmann (PT) e de Beto Richa (PSDB) ficou para amanhã, mas o domingo tem sido de muita reunião e conversa. Numa delas, hoje em Curitiba, o maringaense Ricardo Barros, isolado dentro de seu partido, com a mulher no Pros,a filha e o ex-vereador de Curitiba e cunhado Juliano Borghetti (aquele torcedor preso no episódio do jogo Atlético Paranaense e Vasco) no PP e o irmão mais velho Silvio II no PHS, tratou da política no velho estilo que hoje todos querem sepultar. Como num repasto, ofereceu a cabeça da filha (que colocou como candidata a deputada estadual no PP), a saída do irmão da disputa pelo governo, ocupando a vaga de sua sobrinha Victoria e a entrega do PHS à aliança encabeçada pelo governador Beto Richa em troca da vice governadoria para o Pros – para sua mulher, Cida Borghetti. Como todos sabem, Cida de vice de Beto seria Ricardo Barros como o vice de Beto e dono do governo estadual em 2018, por 9 meses, com a provável candidatura de Richa ao Senado. Depois de provocar muito incômodo ao governo de Richa do qual fez parte, colocando o governador em situações embaraçosas, a proposta de RB está provocando entre os aliados extrema reprovação. O DEM e o PSD já deixaram claro que não aceitam a imposição e oa deputados Luiz Carlos Hauly e Alfredo Kaefer (dirigentes do PSDB) já manifestaram ao governador que preferem a continuidade de Flavio Arns como vice. Dias atrás o deputado Abelardo Lupion reclamou que Ricardo “passou dos limites”, mas, pelo jeito, a coisa é pior do que se imaginava – ele tem sempre a surpreender, com seu jeito, digamos, sui generis de enxergar a política e a vida pública para seus fins.