Alunos do Instituto de Educação enviam cartas a Joaquim Barbosa
Escolhido como “personagem do dia a dia” para estimular as aulas de Português dos alunos do 8º ano do Instituto de Educação Estadual de Maringá, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa (acima, durante entrevista) recebeu cerca de 40 cartas em que os estudantes manifestam admiração pela trajetória de vida do ministro. A notícia está no site do STF. A proposta de aproximar seus alunos de personagens reais da história brasileira partiu da professora Ignez Gealh, que leciona Português para cerca de 100 alunos do 8º ano do colégio. Ela ressalta sua preocupação com o fato de os estudantes mostrarem-se desestimulados com o sistema educacional público brasileiro, por “não encontrarem algo que os preencha e desperte interesse”. Nesse sentido, busca alternativas para mudar essa realidade e se diz angustiada e incomodada por “não encontrar neles [jovens] o dom de sonhar e lutar por seus sonhos e ideais”.
Segundo a professora, foi através da leitura que procurou aproximar os alunos do mundo cotidiano, utilizando obras da escritora brasileira Clarice Lispector; do médico neurocirurgião, professor e escritor norte-americano Ben Carson; e da mitologia como a lenda de Perseu e Medusa escrita Thomas Bulfinch, “contextualizando com heróis modernos e mais próximos”, diz.
A professora Ignez (foto) explica que ao trabalhar junto aos alunos com o gênero textual “carta”, percebeu que poderia apresentar a eles o ministro Joaquim Barbosa como personagem do cotidiano. Além da biografia do ministro citada por vários alunos nas cartas, a professora também utilizou notícias de jornal, revistas e internet para informar os estudantes e prepará-los para um debate em sala de aula sobre o tema. “Foi emocionante, vi então o brilho nos olhos desses alunos e consequentemente meus olhos sorriram também”, revela a professora ao narrar o sentimento dos estudantes. “Percebia-se que encontraram um personagem que preenchia suas almas de esperança, fé e coragem. Foi então que surgiu a ideia de escrever-lhe a carta”. A professora conseguiu mobilizar os alunos, apesar do horário fracionado das aulas em decorrência da Copa do Mundo. A preocupação era que as cartinhas chegassem rapidamente ao presidente do STF, tendo em vista o anúncio de sua aposentadoria.. Leia mais.