Segundo informações do Blog do Francês, a Associação dos Municípios do Paraná (AMP) está descontente com o rigor do Tribunal de Contas do Estado. Reclamam de “excessos formalistas” e de multas por “pequenos erros meramente burocráticos”. O presidente da entidade, Luiz Sorvos, prefeito de Nova Olímpia,teria dito que além dos sérios problemas de ordem financeira os municípios também estão sendo acossados pelo TCE: “É tanta pressão que se tornou perigoso ser prefeito. Por bobagem você acaba colocando em risco até o seu patrimônio particular”. Os prefeitos entregaram na Assembleia Legislativa um projeto de lei para tentar diminuir os poderes de multar do TCE, alegando a necessidade de realizar gestões “sem sustos”. Inclusive querem dar à prevista nova lei o nome de Lei Silom Schimidt, homenagem póstuma a ex-prefeito do município de Santa Helena que se matou em 2013, após suas contas de gestor terem sido sucessivamente desaprovadas no tribunal.Completou Sorvos: é tal a pressão sobre os municípios que quando se convida alguma liderança local para que se candidate a prefeito, na maioria dos casos a resposta é a mesma: “É uma fria. Deus me livre!”.
Meu comentário (Akino): Será que eles querem que o TCE feche os olhos para nomeações de esposas dos prefeitos para a Controladoria dos municípios, por exemplo? Acho o contrário, que o TCE, deveria ter mais poderes e ser mais rigoroso, principalmente com Maringá, onde a administração deita e rola, e pouco ou quase nada acontece? Há irregularidades gritantes e confessadas, como a nomeação de 173 Assessores I a IV, mas o TCE respondeu que este ano não poderia fazer um inspeção in loco. Quanto a lideranças aceitarem candidatura a prefeito, a verdade é que poucas pessoas sérias querem entrar neste ninho de cobras que se tornou a política.
Akino Maringá, colaborador