Inclusão de cadeirantes

Unimed Maringá

Tendo a Unimed entre suas principais patrocinadoras e com cerca de 1,5 mil participantes, o Circuito de Corridas Athletic Sport Running promoveu na manhã de ontem em Maringá a sua quarta e última etapa em 2015.
O percurso de 5 e 10 quilômetros teve como ponto de partida e chegada a avenida Horácio Raccanello. O local recebeu toda a infraestrutura e foi onde os clubes de corrida da cidade instalaram seus estandes.
“Trata-se de uma realização muito bem-sucedida que vem ao encontro dos princípios da Unimed de estimular a prática esportiva como forma de sensibilizar as pessoas a adotar um estilo de vida mais saudável”, comentou o coordenador de Marketing e Relacionamento Empresarial da cooperativa médica, João Noris. Ele integrou a equipe de corrida Energia Unimed, formada por colaboradores e convidados, que participou da competição.
Antes de Maringá, etapas do Athletic Sport Running aconteceram nas cidades de Campo Mourão, Apucarana e Cianorte. Desta vez, a corrida apresentou uma novidade: a inclusão de cadeirantes. Por iniciativa da organização não-governamental “Pernas Pra Que Te Quero”, que desenvolve um trabalho sem fins lucrativos por todo o estado, houve a participação de 16 alunos da Associação Norte Paranaense de Reabilitação (ANPR).
Cada um dos alunos não foi acompanhado apenas dos familiares mais próximos, mas, em alguns casos, também de uma torcida numerosa, que compareceu ao evento com camisetas padronizadas e carregando faixas. Os meninos e meninas foram “adotados” por atletas que se inscreveram especificamente para conduzi-los num percurso de 5 quilômetros de ida e volta até a Avenida Tuiuti (próximo ao Terminal Rodoviário). Como houve a média de três atletas inscritos por aluno, eles se revezaram durante a realização da prova. Para isso, os condutores receberam camisetas vermelhas com o símbolo da ONG e, nas costas, as logomarcas dos patrocinadores, incluindo a Unimed.
“Esse movimento pela inclusão de cadeirantes está se espalhando por todos os lugares onde há corridas”, comemorou a diretora do “Pernas Pra Que Te Quero” e idealizadora da ação, Rachel Paciornik.
O público ficou sensibilizado e aplaudiu ao observar os 16 cadeirantes sendo conduzidos na largada e muitos esperaram para vê-los retornar do trajeto. Quando, cerca de meia hora depois, isto começou a acontecer, houve mais aplausos e gritos emocionados. “É um trabalho muito bonito”, citou o coordenador da corrida, Pedro Dias, que há alguns meses visitou a ANPR em companhia de colaboradores da Unimed, oportunidade em que foi feita a entrega de fraldas arrecadadas durante a Gincana Socioambiental da cooperativa.
Gabriela, de 13 anos, estava entre os cadeirantes. Os pais dela, José Onofre de Oliveira e Sônia, contam que não pensaram duas vezes quando surgiu o convite na escola. “Foi preciso fazer uma seleção e torcemos muito para que a Gabriela entrasse”, disse a mãe. Segundo ela, esse tipo de participação “valoriza o deficiente e dá a ele uma oportunidade de estar numa corrida, algo que seria impensável de outra maneira”.
José Pedro Bom e Nilza, pais de Alisson, de 12 anos, entregaram o filho aos cuidados do atleta Peter Elshof. “Eu fiquei sabendo nos últimos dias dessa ação e quis participar porque achei uma iniciativa muito louvável”, afirmou Elshof. “Para o Alisson, vai ser uma experiência engrandecedora”, comentou o pai, antes da largada.
Daniele Rodrigues levou o filho Victor Hugo Rodrigues Pimentel, de 10 anos. Quando os atletas começaram a movimentá-lo na pista, o menino fez acenos, como que comemorando. “Não dá para descrever a emoção”, citou a mãe.
A professora Sônia Maria Sanfelice Pedroso descreveu a participação do filho Marcelo, de 23 anos, como “um voo de liberdade”. “Imagine o Marcelo participando de uma corrida, isto é maravilhoso”, comentou.
Entre os atletas que se inscreveram estava o cirurgião geral Valter da Silva, cooperado da Unimed, que foi ao evento em companhia da esposa Denise e do filho Bruno, todos corredores. “Ter a oportunidade de participar de um projeto assim é gratificante”, avaliou Silva. A mesma definição foi dada pela diagramadora Andréa Tragueta, do jornal O Diário. Ela disse que começou a correr em 2013, para fugir do sedentarismo. “Agora, me sinto saudável e gratificada por poder correr e estar aqui para fazer o bem”. (Flamma)

Unimed Maringá