O deputado federal Ricardo Barros (PP), prefeito de fato da cidade chamada Maringá, está prestes a realizar algo que tentou e, ao final, não conseguiu quando foi prefeito de direito, entre 89 e 92: privatizar os principais serviços públicos municipais. Como disse Agnaldo Vieira, a turma quer é alugar Maringá.
Por isso, elaborou o projeto que cria a Agência Desenvolvimento Maringá, que deve constar da pauta da ordem do dia da sessão de amanhã da Câmara de Maringá. Se conseguir aprovar, entre outras consequências, o prefeito não precisará de vereador para mais nada.

Obviamente, se passar, enfrentará possivelmente reações judiciais, mas isso é o de menos.
Barros está preocupado é em ter um trunfo na mão – no caso, o trunfo seria o controle total sobre a máquina pública municipal, especialmente nos serviços que podem render lucros. Nada surpreendente, pois ele sempre viu uma fonte de renda no poder público, tanto que colocou boa parte da família vivendo dele.
A questão, porém, é saber se os vereadores concederão direitos quase divinos ao títere de plantão, mesmo que seja em troca de muito benefícios, pois estariam, como se diz na linguagem popular, matando a galinha dos ovos de ouro se cederem completamente.