O jornalista Everton Barbosa, assessor da Arquidiocese de Maringá, comentou, no Facebook, sobre o ocorrido ontem à noite na Câmara de Maringá, na homenagem do Dia Internacional da Mulher.
“O que aconteceu em Maringá me deixa ainda mais triste e preocupado como as coisas estão caminhando. (…) Este modelo político que não faz autocrítica, que não reconhece seus graves erros, é obsoleto e pode causar muito mal”, escreveu. Confira:

“Neste momento não há como não comentar o que aconteceu na Câmara de Maringá durante homenagem às mulheres, e em especial à senhora Odete Moro, maringaense, participante da nossa Igreja e mãe do juiz Sérgio Moro.
Sou solidário à senhora Odete Moro por ela simplesmente ser mulher. Assim como sou solidário à professora Zica, que, ao me consta, também foi vaiada.
Quando vaiaram a senhora Dilma, na Copa do Mundo, muitos que ontem vaiaram dona Odete ficaram furiosos defendendo a presidente. Nem Odete, nem Dilma, nem Zica. Devemos praticar o respeito às pessoas, às mulheres, a todos.
O que aconteceu em Maringá me deixa ainda mais triste e preocupado como as coisas estão caminhando. Cada vez mais tenho a sensação de que, no Brasil, a cultura do errado está se tornando o certo, e o certo o errado.
Publicamente, todos sabem do meu pensamento social, o que penso sobre a nossa história política, dos avanços e retrocessos que cada governo provocou.
E estou cada vez mais decepcionado com muitas pessoas que até têm uma história de luta humanística muito bonita, mas estão apegadas em demasiado às suas siglas, partidos, e, em muitos casos, não conseguem ver um palmo diante de tantas barbaridades que estão acontecendo em nosso país e que ocorreram no passado, em governos de partidos diferentes.
É preciso humildade para reconhecer quando erramos. E o ser humano sempre erra.
Este modelo político que não faz autocrítica, que não reconhece seus graves erros, é obsoleto e pode causar muito mal.
Dona Odete, professora Zica Franco, minha solidariedade. Como professoras, mulheres, as senhoras merecem aplausos.”.