Time de golball de Maringá mira o Sul Brasileiro
Promovida pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, a primeira edição do Torneio Paradesportivo de Maringá reuniu mais de 150 atletas que apresentam algum tipo de deficiência física, entre os últimos dias 16 e 19, no Ginásio de Esportes Chico Neto.
Os participantes, de 16 a 40 anos, competiram em 11 modalidades, dentre as quais o golball – uma versão de futebol de quadra para jogadores cegos, com três de cada lado, que se orientam por um ruído emitido pela bola.
Patrocinada pela Unimed, a equipe de goalball é integrada por jogadores preparados pela técnica Rosemeire Aoki.
O funcionário público Ricardo Alexandre Vieira, de 38 anos, nasceu cego e é presidente da Associação Maringaense dos Amigos do Centro de Apoio Pedagógico (Amacap), entidade que desenvolve ações voltadas a pessoas com deficiência visual. Uma de suas iniciativas foi, justamente, organizar o goalball, como forma de envolver os associados na prática esportiva. “Sempre fui ligado ao esporte”, conta Ricardo, lembrando que o apoio da Unimed possibilitou à Amacap contratar a técnica Rosemeire, quatro jogadores com mais experiência e sonhar alto. Segundo ele, que joga como ala direita e central, o Torneio de Maringá (que teve três times) foi um preparativo para a participação no Campeonato Sul Brasileiro, que acontece nos próximos dias – de 24 a 27/3 – em Porto Alegre (RS). Nesses jogos, duas equipes sairão classificadas para a Copa Brasil em outubro, na cidade de Jundiaí (SP). “Sem a Unimed, tudo ficaria mais difícil”.
Os treinamentos reúnem seis atletas – Ricardo, Evandro, Tiago, Rogério, Wesley e Pedro Abel – e são realizados diariamente na quadra de esportes do Instituto Estadual de Educação. Segundo Ricardo, a modalidade é bem difundida no Paraná. Além de Maringá e Sarandi, cidades como Londrina e Curitiba também mantêm times competitivos.
Com cerca de 150 associados, a Amacap desenvolve trabalhos como a produção de livros em braile e, numa parceria com a Penitenciária Estadual de Maringá, “livros falados”, em que internos gravam a leitura de histórias, para distribuição a quem não pode ler. (Flamma)