Barros diz estar ‘verificando’ suposta doação da Odebrecht

O deputado federal Ricardo Barros (na foto com Paulo Roberto Costa, delator da Lava Jato, então diretor da Petrobras), vice-líder da presidente Dilma Rousseff, cujo nome aparece três vezes na superplanilha encontrada na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, disse ontem que está “verificando” se a suposta doação de R$ 100 mil para a campanha do atual prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP).

Em princípio, negou que Pupin tenha recebido doação direta da Odebrecht – baseado na prestação de contas que fez da campanha de 2012 – e alegou que todas as doações feitas foram legais e aprovadas pela Justiça Federal, aquele discurso adotado por outras siglas.

Esta é a primeira vez que o nome de Ricardo Barros, tesoureiro-geral do PP nacional e vice-presidente em setembro de 2012, data em que os R$ 100 mil aparecem nas anotações, é ligado à Odebrecht.

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Em setembro de 2014 Ricardo Barros (PP), levantamento da Gazeta do Povo apontou que ele e o hoje deputado federal Enio Verri (PT), ambos de Maringá, receberam doações de empresas ligadas à Lava Jato. Verri recebeu R$ 95 mil da Construtora Andrade Gutierrez; Barros, R$ 180 mil do grupo Queiroz Galvão.
Além dos dois, Marco Andreotti, presidente do PRP, ex-candidato a deputado estadual que deve disputar a Prefeitura de Maringá como laranja do grupo político de Ricardo Barros, e Cyllêneo Pereira, o Cileninho (PP), ex-prefeito de Mandaguari e assessor do secretário de Planejamento Silvio Barros II (sem partido), irmão de Ricardo, também receberam R$ 60 mil e R$ 100 mil, respectivamente, da Queiroz Galvão.

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