Torcendo pra virar pizza

campo fertil

O juiz Sérgio Moro decidiu hoje enviar ao Supremo Tribunal Federal os autos das operações Acarajé e Dona Xepa, sobre as quais havia declarado sigilo após o surgimento da lista da Odebrecht com relação de pagamentos a mais de 200 políticos.
Nela aparece o maringaense Ricardo Barros, tesoureiro-geral do PP e vice-líder da presidente Dilma, que vai torcer para tudo acabar como sua citação na Operação Campo Fértil, em 2006. No caso da Campo Fértil, até hoje a Justiça Federal não denunciou o parlamentar, que não foi molestado sequer pela Justiça Eleitoral por caixa dois de campanha.

Como se vê no pedaço do organograma da operação desencadeada em 2006 pela Polícia federal, ele teria recebido R$ 400 mil para sua campanha (dinheiro não declarado obviamente) para conseguir a nomeação do chefe da agência da Previdência Social em Maringá, o que resultou numa fraude de milhões contra a União.

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Além de constar da megalista da Odebrecht, onde aparece três vezes, à frente do valor de R$ 100 mil, Ricardo Barros ainda enfrenta no mesmo STF o processo por ter interferido na milionária licitação da propaganda na Prefeitura de Maringá, à época em que seu irmão mais velho era prefeito, caso que incluiu interceptação telefônica com autorização da justiça.
Há, ainda, o caso milionário de desvio de dinheiro da chamada Tenda dos Milagres, que parece iô-iô, vai e volta entre os foros privilegiados e não chega a uma decisão final.