Ao demonstrar ser um homem que não honra sua palavra, e em total desrespeito com os servidores municipais, o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) encaminhou ofício ao Sismmar comunicando sua decisão, unilateral, de descontar os dias parados da greve ocorrida de 29 de março a 1º de abril.
Essa medida, autoritária, tomada sem qualquer negociação com o sindicato, revela a ânsia de uma administração que agora quer se vingar dos mais de 7 mil servidores(as) que aderiram a uma greve legal e justa, conduzida no rigor da lei – e respeitando sempre a essencialidade, diz texto no site do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá.
Desde 4 de abril (e com ofício protocolado dia 6, com a solicitação de abertura de mesa de negociação para a reposição dos dias parados) a diretoria do Sismmar esteve todos os dias no paço municipal em busca de novidades. Mas Pupin, de longe, em suas férias fora do país, ordenou que fossem descontados os dias de paralisação sem qualquer negociação. Contudo, no acordo que pôs fim à greve, a administração sinalizava para a reposição dos dias parados, sem falar em descontos.
Hoje, na sessão da Câmara de Maring[a, às 19 horas, dirigentes do sindicato entregarão ofício solicitando o apoio dos vereadores. Como os parlamentares participaram das negociações para o fim da greve, há o entendimento do Sismmar de que também os vereadores foram enganados pelo prefeito no tocante à reposição dos dias parados. Os vereadores são, inclusive, testemunhas de que havia a sinalização para a reposição, ao invés do desconto anunciado.