Grupo de trabalho do MS discutirá plano de saúde acessível

Ricardo Barros

O ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, fez publicar no Diário Oficial da União desta sexta-feira portaria que institui um grupo de trabalho para discutir o projeto de um plano de saúde acessível.
O grupo terá prazo de 60 dias para realizar estudos e apresentar proposta, considerando inclusive o impacto financeiro da implantação do projeto. O prazo poderá ser
estendido para 120 dias.

O grupo de trabalho, de acordo com a portaria, será composto por representantes do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar e da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização, sob a coordenação do indicado pelo próprio Ministério da Saúde.
A coordenação do grupo de trabalho poderá convidar representantes de outros órgãos e entidades, públicas e privadas, além de pesquisadores e especialistas, quando necessário.
Financiado em sua campanha eleitoral por planos de saúde, Ricardo Barros tem insistido na implantação de um plano popular, com a intermediação do Estado, o que segundo ele reduziria a carga sobre o sistema público de saúde. A proposta tem recebido críticas, como da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, que, junto com o Instituto de Defesa do Consumidor, emitiram nota adiantando que entrarão na Justiça caso os planos de saúde populares virem realidade.
Para as entidades, é falsa a ideia de que planos de saúde mais baratos aliviarão a rede pública. “No momento de recessão, desemprego e inflação, o que a população mais precisa é de proteção social e, portanto, de mais investimentos no SUS”, diz a nota.
Ricardo Barros é alvo de um abaixo-assinado na internet que pede sua exoneração por ser tecnicamente incompetente para exercer o cargo de ministro da Saúde e ser eticamente inabilitado para o cargo, pois foi financiado por planos privados de saúde.