Voto de cabresto

Por Elizangela Rosa:
Voto de cabresto nada mais é que o velho controle de poder político através de compra de votos, troca de favores e uso da máquina pública, prática comum do coronelismo.
Quando pensamos em voto de cabresto, logo nos vem a mente os lugares mais pobres e distantes do país, onde o número de pessoas carentes e menos instruídas são maiores que nas regiões centrais, verdade isso? Em partes, pois se prestarmos atenção podemos ver que essa prática é mais comum do que se imagina, inclusive aqui em Maringá.
Embora o voto de cabresto tem tendência a diminuir, ele ainda é muito apreciado pela velha politicagem suja.
Que nome você daria a prática de determinados candidatos que por falta de projetos coerentes e competência oferecem churrascos, jantares e grandes confraternizações? Além de pagarem contas de luz, água, botijões de gás?
E o que dizer dos políticos com mandatos que se utilizam do poder que detêm para comprar votos e apoios? Incham a máquina, trocam cargos como mercadoria e lidam com o dinheiro público como se fossem dinheiro da conta corrente deles, esses são perigosíssimos!
O voto em troca de favores e benefícios próprios é a forma mais suja e fácil de eleger candidatos melindrosos, gananciosos e que entendem que um mandato é a oportunidade de realizar seus próprios projetos pessoais, financeiros principalmente.
Porém, este tipo de prática ainda persiste porque tem quem a aprove, e para que isso acabe, precisamos condenar cada gesto desse tipo, é preciso que os envolvidos sintam vergonha de seus comportamentos e que passem a enxergar como é nocivo aceitar vender o seu voto.
Aos candidatos que assim se comportam, basta ignorá-los, excluí-los da vida pública, pois só assim, mesmo que a passos lentos, poderemos ter políticos comprometidos em atuar a favor, do público, a favor da população e não em benefício próprio.
(*) Ilustração: Storni